Não é justo com a população, diz infectologista sobre carreata contra restrições em MS

O infectologista da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) e professor da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Julio Croda, criticou o protesto organizado por empresários contra medidas restritivas para conter o avanço da covid. Na quarta-feira (24), o governo do Estado restringiu funcionamento de comércio não essencial até 4 de abril e ampliou o […]

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O infectologista da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) e professor da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Julio Croda, criticou o protesto organizado por empresários contra medidas restritivas para conter o avanço da covid. Na quarta-feira (24), o governo do Estado restringiu funcionamento de comércio não essencial até 4 de abril e ampliou o toque de recolher para às 16h aos fins de semana.

Para o especialista, o mais sensato para o setor seria negociar algum tipo de compensação com o governo em vez de protestar contra medidas restritivas num momento em que faltam leitos UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para pacientes com covid.

“No pior momento da pandemia, existe um grupo político que vai organizar uma carreata contra as medidas restritivas. Precisamos evoluir como sociedade. Acredito que temos que negociar ações compensatórias para o setor como corte de impostos, financiamentos e pacote de apoio com compromisso de manter os empregos. Mas não acho ético e justo com a população nesse momento que falta leitos tanto no setor público e privado organizarem uma carreta contra as medidas restritivas. Na maioria dos países foram destinados recursos públicos para manutenção de setores mais prejudicados pela pandemia no momento de colapso do sistema de saúde e todos se uniram no combate ao COVID-19. Se todos nos fizermos nossa parte, sairemos mais rápido e fortes dessa crise!”, disse Júlio Croda.

Na manhã desta quinta-feira (25), grupo de empresários organizou carreata a partir do Yotedi, no Parque das Nações Indígenas, em Campo Grande, para protestar contra o fechamento de estabelecimentos considerados não essenciais até a Páscoa.

Restrições contra covid

Novo decreto restringe o funcionamento de comércios não essenciais de 26 de março a 4 de abril. Ou seja, atividades que não foram listadas pelo Governo de Estado não podem funcionar no período estabelecido.

Assim, o Estado passa a permitir apenas atividades consideradas como essenciais e elencadas no decreto para funcionamento de 26 de março a 4 de abril. Além disto, o toque de recolher foi mantido das 20h às 5h em todos os municípios de MS, para vedação da circulação de pessoas e as atividades essenciais.

Aos finais de semana, domingo e sábado, foi adotada a restrição de circulação e funcionamento de estabelecimentos das 16h às 5h. São permitidas após os horários de toque de recolher atividades como: serviços de saúde, serviços de transporte, serviços de fornecimento de alimentos e medicamentos por meio de delivery, farmácias ou drogarias, funerárias, aos postos de combustíveis, indústrias, restaurantes instalados no interior de postos de combustíveis localizados em rodovias, hotéis e serviços congêneres.

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