Ministério da Saúde confirma envio da CoronaVac a MS assim que Anvisa autorizar uso
O Ministério da Saúde emitiu nota, na tarde deste sábado (9), confirmando que enviará doses da vacina contra Covid-19 CoronaVac – produzida no Instituto Butantan – a todos os estados do país, inclusive Mato Grosso do Sul, “tão logo os imunizantes recebam autorização da Anvisa”. Assim, o governo garantiu que o imunizante chegará simultaneamente a […]
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O Ministério da Saúde emitiu nota, na tarde deste sábado (9), confirmando que enviará doses da vacina contra Covid-19 CoronaVac – produzida no Instituto Butantan – a todos os estados do país, inclusive Mato Grosso do Sul, “tão logo os imunizantes recebam autorização da Anvisa”.
Assim, o governo garantiu que o imunizante chegará simultaneamente a todos os estados do país, dentro da logística integrada com secretarias estaduais e municipais de saúde.
No entanto, a pasta não confirmou o número de doses que será enviada para MS, limitando-se a informar que “os estados receberão as doses em quantidade proporcional à sua população e farão a distribuição aos 5.570 municípios brasileiros, de forma que todas as salas de vacinação do país recebam as vacinas o mais rápido possível”.
Além disso, o Ministério da Saúde confirmou que toda a produção do Instituto Butantan será vendida exclusivamente para o governo federal, ou seja: a compra das 347 mil doses que estavam sendo negociadas pela prefeitura de Campo Grande não se concretizará, pelo menos não nesse primeiro momento de produção das doses. Ainda não se sabe quantas doses chegarão à Capital.
Além da prefeitura, o Governo do Estado também já protocolou intenção de compra junto ao Butantan para aquisição 1,7 milhão de doses, que garantiria imunização de 850 mil pessoas.
O governo federal trabalha com três datas para início da vacinação no país:
- Até 20 de janeiro: melhor hipótese, com o uso das vacinas do Instituto Butantan e as doses da vacina da Astrazeneca importadas da Índia;
- 20 janeiro a 10 de fevereiro: hipótese intermediária, já com vacinas produzidas no Brasil pelo Butantan e pela Fiocruz;
- 10 de fevereiro até início de março: hipóteses de vacinação mais tardia.
Ontem, o Butantan fez pedido à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para aplicar doses da CoronaVac, desenvolvida em parceria com o laboratório chinês Sinovac. A previsão é de que a Anvisa se manifeste sobre o pedido em até 10 dias.
Vacinação nacional
Na última quinta (7), o ministério e o Butantan assinaram um contrato de R$ 2,7 bilhões por 46 milhões de doses da CoronaVac a serem distribuídas entre janeiro e abril — 8,7 milhões devem ser enviadas até 31/01. O acordo prevê ainda a possibilidade do governo adquirir outras 54 milhões de doses, somando 100 milhões até o final do ano.
Além da CoronaVac, a Fiocruz também pediu o registro de uso emergencial da vacina AstraZeneca/Oxford nesta semana para mais 2 milhões de doses. Caso ambos sejam aprovados, o ministério teria à disposição até o fim do mês pelo menos 10,7 milhões de doses.
Doses
O Ministério da Saúde garante que possui 354 milhões de doses garantidas para 2021.
- 2 milhões da AstraZeneca importadas pela Fiocruz;
- 100,4 milhões da Fiocruz/AstraZeneca até julho (produção nacional com IFA importada);
- 110 milhões da Fiocruz/AstraZeneca (produção integral nacional de agosto a dezembro);
- 100 milhões de doses do Butantan/Sinovac.
O Ministério da Saúde também está em processo de negociação com os laboratórios Janssen, Pfizer e Moderna, dos Estados Unidos; Barat Biotech, da Índia; e União Química, produtor da vacina russa Sputinik V.
Eficácia
O Governo de São Paulo divulgou nesta quinta-feira (7) que a vacina Coronavac tem eficácia de 78%.
Na prática, se uma vacina tem 78% de eficácia, isso significa dizer que 78% das pessoas que tomam a vacina ficam protegidas contra aquela doença. A taxa mínima recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e também pela Anvisa é de 50%.
Seringas e agulhas
O governo federal conta com 80 milhões de seringas e agulhas que os estados já compraram, afirmando que a quantia é suficiente para a imunização prevista para janeiro.
O secretário de saúde Geraldo Resende ressaltou durante live da SES (Secretaria de Estado de Saúde) nesta sexta-feira (8) que um levantamento foi realizado sobre os insumos para imunização da população. Ele afirmou que tanto a SES quanto as secretarias dos municípios dispõem de agulhas e seringas suficientes para iniciar a vacinação contra o coronavírus. Ele comentou que mesmo assim, a SES está em processo de aquisição de mais agulhas, seringas e outros insumos para a vacinação, que deve levar vários meses.
Mesmo com o resultado de eficácia da Coronavac, Resende preferiu não estimar uma data para início da imunização. “Não cometerei desatino de dar uma data que pode não se concretizar”, disse.
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