Desde o começo da , empresas e funcionários precisaram se adaptar. Uma das maiores mudanças adotadas pelas empresas foi o sistema de home office. Entretanto, nem o pós-pandemia deve atrapalhar o trabalho remoto. Em Mato Grosso do Sul, empresas pretendem continuar com a forma de serviço e listam qualidades.

De acordo com Souza, diretor-geral da Robert Walters, a tendência é que as empresas adotem modelos híbridos de home office e trabalho presencial no pós-pandemia. Assim, o diretor da empresa especializada em recrutamento destaca que os funcionários demonstram mais rendimento em casa.

Um levantamento feito pela Pulses, startup especializada em clima organizacional, aponta que 80% dos brasileiros se sentem mais produtivos trabalhando de casa. Este é o caso da Stefanny Azevedo, que se sente muito mais produtiva e com qualidade de vida após adoção do trabalho remoto. “Sem o tempo de trajeto até o trabalho, eu ganhei mais duas horas do meu dia para voltar a me exercitar e tocar projetos pessoais. E isso é muito gratificante, trabalho mais satisfeita”, destacou.

Para ela, a adoção do home office abriu um leque de possibilidades, desde o rendimento até fazer refeições com mais tranquilidade. “Nós percebemos que simplesmente podemos fazer o nosso trabalho em qualquer lugar e sermos muito mais produtivos”, comentou. Além disto, a assessora disse que prolongou a viagem de final de ano por conta do trabalho remoto. “Consegui ficar mais tempo com a família e trabalhar ao mesmo tempo”, comemorou.

Home office definitivo

O empreendedor Dijan de Barros, da Dijan de Barros Gestão e Treinamentos, explicou que no começo eles não tinham a dimensão que o trabalho remoto ocuparia. “Conforme os meses foram se passando que fomos entendendo o que era o home office e a estrutura que precisava”, destacou. Ele lembrou que a empresa sempre focou no resultado e permitia horários flexíveis para os funcionários. “Então a pandemia veio apenas para confirmar isso. Ano passado validou nossa ideia de que estamos no caminho certo”.

Além disto, a empresa de Dijan e que Stefanny trabalha é uma das que deve adotar o sistema híbrido de trabalho. Ou seja, profissionais podem optar por trabalhar em casa ou no escritório, ou até mesmo os dois de forma revezada. “Alguns funcionários têm o perfil para trabalhar remoto, outros não. A forma de trabalho tem que ser muito mais personalizada agora”, comentou.

Assim, ele ressalta que mesmo em casa é preciso se preocupar com as condições de trabalho. “Uma vez que não tenho mais o custo deste profissional aqui na empresa, como eu posso melhorar a estrutura dele em casa?”. A única desvantagem que Leonardo destacou da adoção permanente do home office é a falta de conexão entre os funcionários. Para ele, a distância prejudica a “construção e refinamento de um espírito de time'.

Há mais de oito meses em casa, a assessora sente falta do contato humano. “Somos seres sociais, precisamos desse contato”, disse. Apesar disto, Stefanny arrumou alternativas para manter a proximidade com outras pessoas. “Reuniões de trabalho ou encontros virtuais com os amigos têm nos salvado, mas o cara a cara faz muita falta e é totalmente diferente”.