Em reunião extraordinária nesta quinta-feira (29), o comitê do Prosseguir (Programa de Saúde e Segurança da Economia), do governo de Mato Grosso do Sul, acolheu pedido do comércio e vai reduzir o toque de recolher na semana que antecede o Dia das Mães em Campo Grande. A deliberação será publicada na edição de sexta-feira (30) do DOE (Diário Oficial Eletrônico).

Entre os dias 5 e 9 de maio, a restrição vigora das 22h às 5h. No dia seguinte, 10 de maio, volta a começar às 21h e se encerra às 5h.

Comerciantes procuraram a prefeitura de Campo Grande, que levou a demanda da Fecomércio/MS (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado), Abrasel/MS (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) e Faems (Federação das Associações Empresariais de Mato Grosso do Sul) ao governo.

A chefe da consultoria legislativa do governo, Ana Carolina Ali Garcia, que é conselheira do programa, explicou que Campo Grande já atende a pontuação para estar na bandeira “laranja”, que permite o toque de recolher a partir das 22 horas, no entanto existe uma regra no Prosseguir que não  pode pular duas bandeiras de uma vez, por isso teve que descer da cinza para vermelha. Por esta razão foi feita esta deliberação em período excepcional.

“Foi feita uma análise técnica e decidido que haverá esta flexibilização durante estes cinco dias, relativizando a regra em função do Dia das Mães, para evitar a concentração de pessoas no mesmo horário no comércio. A partir do dia 10 [de maio] a Capital volta para bandeira vermelha, até a próxima avaliação do programa”, afirmou Ana Carolina.

Entenda

O prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), foi à Governadoria nesta semana para apresentar o pedido dos comerciantes. Como o documento do governo é ‘superior’ às medidas eventualmente impostas por Campo Grande, a cidade não pode adotar decretos mais flexíveis, enquanto a ordem do Estado valer.

“Eu tenho buscado junto ao Estado que, pelo menos quarta, quinta, sexta, sábado e domingo, que antecede o Dia das Mães, fazer o toque de recolher das 22h às 5h”, disse Marquinhos ao Jornal Midiamax.

A reportagem não encontrou o secretário de estado de Saúde, Geraldo Resende, para comentar o pedido. Campo Grande está com 95% dos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) ocupados.