Fim do toque de recolher faz casamento planejado para 2022 acontecer em 10 dias na Capital
Apesar de não haver decisão da Prefeitura ainda, setor de eventos tem recebido uma avalanche de clientes querendo antecipar datas e mudar horários
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O planejamento que levaria o segundo semestre inteiro de 2021 está sendo feito em apenas 10 dias pela equipe do produtor de eventos Antonio Osmanio. Isso porque uma cliente, a Nathália Pache, após o anúncio do fim do toque de recolher por parte do Governo do Estado, resolveu antecipar a cerimônia de casamento que seria realizada só em 2022 para o próximo dia 28 de agosto.
“Assim que vi o anúncio comecei a ligar para todo mundo. Meu marido ficou um pouco assustado na hora, mas agora já começou a se acostumar com a ideia, está todo faceiro”, disse a noiva, que vai fazer uma cerimônia para 130 pessoas em uma chácara em Campo Grande.
Ainda respeitando o decreto municipal vigente em Campo Grande — que pode flexibilizar o horário, já que tem essa autonomia — Nathália e Antonio marcaram a festa das 16h até a meia-noite.
Assim como o caso dessa cliente, o experiente realizador de casamentos está tendo de lidar com vários casos semelhantes. “Desde ontem (17), tenho recebido muitas ligações de pessoas querendo antecipar suas cerimônias, pedindo pra mudar os horários, eu tô ficando doido com a correria”, disse animado.
Elma Katia dos Reis, empresária do ramo de eventos, e também uma das representantes do setor em negociações com a Prefeitura de Campo Grande, disse que também tem recebido muitas ligações, mas aguarda com cautela a decisão do município.
“Estamos tentando uma agenda com o prefeito para saber como ficará nossa situação após o anúncio do Governo, mas ainda não conseguimos. Tenho mais ou menos 12 eventos em negociação e tenho orientado meus clientes que é preciso aguardar um pouco”, disse Elma.
No caso dos grandes eventos, a mudança do horário pode até ajudar, mas não resolver, como é o caso do produtor de shows, Leonardo Alencar, que vem adiando agenda com artistas já fechados desde 2020.
“A mudança mais significativa que precisamos é a questão do distanciamento, enquanto isso ainda for regra, vai ser quase impossível realizar grandes shows”, finaliza Leonardo.
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