Em condomínios de Campo Grande regras são explícitas, mas uso da máscara é ignorado por alguns
Dentro das delimitações dos condomínios de Campo Grande, o convívio é pautado por assembleias e possíveis discórdias, mas quando se trata de normas de biossegurança para combater o coronavírus, a decisão por parte dos locais é unânime. Contudo, minoria dos moradores acaba ignorando o uso da máscara e colocando a vida de vizinhos em risco. […]
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Dentro das delimitações dos condomínios de Campo Grande, o convívio é pautado por assembleias e possíveis discórdias, mas quando se trata de normas de biossegurança para combater o coronavírus, a decisão por parte dos locais é unânime. Contudo, minoria dos moradores acaba ignorando o uso da máscara e colocando a vida de vizinhos em risco.
No bairro Santo Antônio, o secretário de um condomínio é minucioso quando o tema é aplicação das regras de saúde. Ele instalou cartazes informativos e álcool em gel por todo o local. “Estamos fazendo o máximo possível, do porteiro ao faxineiro, todos de máscara. Fechamos o parquinho e tem álcool em gel em todos os blocos”, explicou Ademir Pereira, de 67 anos.
Quando se trata de solicitar o uso do EPI, itens de proteção, a medida nem sempre agrada a todos moradores, mas como afirma Ademir, é a recomendação para todos. “A maioria usa máscara, tem aqueles que acham que não vão pegar, essa pessoa é complicada, se você falar é capaz de ser xingado, mas orientamos”, explicou.
Entre as possíveis medidas para incentivar o uso a proteção, a decisão cabe às clássicas reuniões de condomínio para uma possível penalização. “Nós não podemos multar ou fazer alguma coisa do tipo, porque não foi decidido em assembleia do condomínio”, finalizou o Ademir.
Morando em um dos 240 apartamentos do local, o aposentado Francisco Alves, de 75 anos, faz parte da maioria das pessoas que compreende a importância do uso da máscara, e fica indignado com falta de sensibilidade com vida do próximo. “ [A pessoa] está errada, porque ela tá procurando a doença e passando pros outros. O único preventivo que segura essa doença é a máscara”, detalhou.
Mesmo discordando de quem não usa, o aposentado prefere evitar o atrito e seguir a vida com o conhecimento que o tempo lhe concedeu. “A gente não fala nada, porque a pessoa não vai achar bom. Esses janeiros que eu tenho me fizeram entender uma opção de coisas, se for um filho meu eu falo”, finalizou o morador.
Falta cobrança
Em outro ponto da cidade, na região da Vila Nova Campo Grande, o síndico de um condomínio afirma entender a importância da máscara, porém, a recomendação é ignorada por uma parcela moradores. “É cobrado, mas os moradores não seguem. Por acharem que já estão dentro das dependências e não precisam usar”, explicou Wesley Siqueira, de 23 anos.
Recentemente, o síndico foi questionado por uma moradora sobre o uso de ambientes coletivos, e mesmo assim, a situação não foi bem assimilada. “Esses dias a moradora me questionou sobre o porquê não podia usar o salão de festas. Eu falei que de acordo com o decreto ela precisaria de um plano de biossegurança, acabam não entendendo”
Segundo Siqueira, 9 pessoas já pegaram Covid-19 no seu condomínio, mas sem um respaldo mais forte a cobrança não tem feito. “A gente teve uma situação, a vigilância sanitária falou com a gente, falou para cobrar. Não temos respaldo legal para cobrar, faltou uma pressão por parte de decretos”, finalizou.
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