Nos últimos nove dias, apenas 885 indígenas foram vacinados contra nas aldeias de Mato Grosso do Sul. Até esta sexta-feira (5), o total de primeiras doses aplicadas é de 29.395, mesma quantidade de pessoas deste grupo que já iniciaram a imunização.

De acordo com dados disponibilizados pela SES (Secretaria de Estado de Saúde), destes indígenas, 20.467 estão completamente imunizados. Ou seja, já receberam a primeira e segunda dose da contra o coronavírus.

Após estes nove dias, apenas uma cidade entrou para a lista das que utilizaram todas as doses recebidas. já utilizou 103,45% das unidades de vacina enviadas. No município, 27 indígenas estão vacinados contra a Covid-19, com a primeira aplicação.

Os municípios que bateram mais de 100% da utilização desde fevereiro são: Caarapó, com103,8% de doses aplicadas e 2.412 indígenas imunizados; e , com 114,24% de utilização das doses e 213 pessoas deste grupo imunizadas.

Doses remanejadas

Na população indígena que vive em aldeias de MS, são utilizadas apenas doses da Coronavac. O imunizante é produzido pelo Instituto Buntantan e o laboratório Sinovac. Assim, as vacinas foram enviadas pelo ao Estado e distribuído pela SES para 29 municípios sul-mato-grossenses.

Chegaram a MS, 46.100 doses para a primeira aplicação em indígenas que vivem em aldeias e a mesma quantidade para o reforço da vacina. Até o momento, foram utilizadas 49.862 unidades do total recebido.

Então, sobram 16.785 vacinas da primeira dose e 25.713 da segundo, totalizando 42.498 para continuidade da vacinação deste público-alvo. No entanto, o Governo do Estado repassou 13.848 destas unidades para outros municípios de MS.

De acordo com o secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, as doses foram remanejadas para atender idosos do Estado. Ele justificou que os indígenas se recusam a receber os imunizantes. “Houve essa sobra, parcela da população indígena não quis acesso às vacinas, além disso, teve quantitativo enviado maior pelo Ministério da Saúde, queremos com isso, construir possibilidade imunizar quem de fato está ávido, ansioso para ter acesso à vacina”, disse.