Desde o início do ano, 258 crianças precisaram de atendimento médico na Santa Casa, algumas com internação em UTI (Unidade de Terapia Intensiva) por causa de acidentes domésticos. O número está relacionado com as medidas restritivas impostas pela pandemia, que obriga os pequenos a passar mais tempo em casa, isolados e estudando remotamente.

Por este motivo, pais devem estar atentos e tomar cuidado em ambientes do lar que oferecem mais risco. Na cozinha, por exemplo, use as bocas de trás do fogão e certifique-se de que os cabos das panelas estejam virados para dentro, para não serem alcançados pelas crianças e mantenha fósforos, isqueiros, álcool líquido, álcool em gel, objetos de vidro e cerâmica, facas e sacos plásticos fora do alcance das crianças.

“A pandemia trouxe uma rotina diferenciada para muitas famílias. A modalidade de ensino remoto e o confinamento das crianças, trouxeram maior chances de acidentes domésticos. As crianças também tiveram seus ambientes de mais restritos, porém elas se mantiveram ativas, participando de brincadeiras muitas vezes supervisionadas por irmãos mais velhos. A consequência dessa mudança foi o maior contato com situações de risco, criadas em casa mesmo,” disse a coordenadora da Pediatria do hospital, Márcia Antunes.

Mais cuidados

Nos quartos, evite posicionar camas e qualquer outros móveis perto da janela e fixe à parede os móveis que apresentam risco de tombamento, como cômodas e armários; instale redes ou grades de proteção nas janelas. No que diz respeito ao quintal, informe-se sobre quais plantas são venenosas para crianças. 

Se em sua casa houver alguma dessas espécies, remova-a ou deixe-a em local inacessível para as crianças; cuidado com animais peçonhentos e sempre preste atenção antes de calçar sapatos ou usar bolsas e sacolas. Anualmente, 111 mil são hospitalizadas em todo o país e o motivo da entrada no Pronto Socorro é muito variável, podendo oscilar em aspirações de corpo estranho como moedas, pilhas, grãos até grandes queimaduras com gravidade.