Comemorado neste sábado (29), o Dia Mundial da Saúde Digestiva tem como objetivo alertar a população sobre a importância do cuidado, da prevenção e do diagnóstico precoce de doenças do sistema digestivo. A saúde digestiva está diretamente relacionada com os alimentos que comemos e com o estilo de vida que levamos. Portanto, basta adotar algumas medidas simples, como se alimentar bem, para manter a qualidade da saúde digestiva.

Em Campo Grande, a procura pela especialidade cresceu desde o começo do ano. A preocupação com a saúde e com a importância de ter um estilo de vida mais saudável tem impulsionado a procura por consultas.

Conforme a médica gastroenterologista e hepatologista, Isadora Pereira, a procura por atendimento tem sido frequente. A especialista avalia que o acesso à informação e a consciência da necessidade de uma avaliação rotineira fez com que a procura aumentasse.

“Percebemos um aumento na prevalência nas doenças funcionais. Queixas de desconforto gástrico, alteração do hábito intestinal. São doenças que são ligadas aos hábitos de vida e aos estresses do dia a dia. E a pandemia afetou muito quanto a isso”, disse a médica.

A gastroenterologista ainda explica que a procura de pacientes que tiveram também tem sido considerável. “Os pacientes ainda estão bastante cautelosos quanto à exposição, mas sabem a importância da avaliação médica. Os pacientes que tiveram coronavírus também procuram atendimento, pois alguns passaram a ter disfunções no sistema digestivo e o acompanhamento do médico faz toda a diferença”, comentou Isadora Pereira.

Composto por vários órgãos, o sistema digestivo não abrange apenas o estômago e o intestino, como também o fígado e o pâncreas. Por tanto, é preciso ficar atento aos sintomas do dia a dia, como a azia, náuseas, vômitos, dor na região do estômago, inchaço, acumulo de gases, diarréia, constipação, dentre outros, que podem servir para alertar e incentivar o morador a procurar um especialista quando qualquer sinal de disfunção aparecer.

“Os sinais podem servir de alerta. Um emagrecimento repentino, alguns sinais indiretos de que possa estar com anemia. Temos diversos sintomas. O paciente pode não estar sentindo nada, mas ele pode procurar um especialista para saber se os exames estão tudo em dia, se não tem nenhuma alteração e saber o que ele pode fazer para cuidar da saúde digestiva e ter um estilo de vida melhor”, finalizou a médica.

Riscos da automedicação

Segundo uma pesquisa realizada pela Organização Mundial de Gastroenterologia, 20% da população mundial sofre de problemas gastrointestinais. Sendo que desses, cerca de 90% não procuram ajuda médica para o diagnóstico e tratamento corretos e, na maioria dos casos, acabam recorrendo à automedicação, o que é um risco.