Com pandemia e cortes no orçamento, curso de medicina da UFGD reduz 40 vagas para 2022

Em 2020, a Universidade apresentava 9.184 alunos matriculados, enquanto que neste ano o número caiu para 7.875

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Reunião do Couni da UFGD foi realizada na última quinta-feira (26)
Reunião do Couni da UFGD foi realizada na última quinta-feira (26)

Números do Portal da Transparência do Governo Federal e também do Ministério da Economia mostram uma redução significativa de estudantes matriculados na UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) nos últimos meses. Em 2020, a Universidade apresentava 9.184 alunos matriculados. Já, em 2021, foram realizadas apenas 7.875 matrículas, indicando uma redução de 1.309, ou mais de 14%. Esse número destoa do que foi planejado pelo PDI (Projeto de Desenvolvimento Institucional).

Conforme as estimativas vislumbradas no PDI da UFGD, esperava-se para este ano um total de 19.538 estudantes inscritos nos cursos da instituição. Para acentuar ainda mais o encolhimento da UFGD no que se refere ao total de alunos matriculados, no último dia 26 de agosto, o Couni (Conselho Universitário) decidiu reduzir o número de vagas disponíveis para o curso de Medicina.

Durante a discussão do Couni, os membros discutiram os impactos dessas reduções, que foram impulsionadas não só por cortes de investimentos previstos no orçamento da instituição, mas também diante dos efeitos da pandemia e da necessidade de implementação das medidas de biossegurança.

Na prática, a redução de 40 vagas, segundo os próprios participantes do Couni, pode trazer consequências ao longo de seis anos do curso de Medicina, “uma vez que pode comprometer a função social da instituição, que visa formar profissionais com sólidos conhecimentos técnico-científicos fundados sobre bases humanistas”, conforme apontou um professor do curso.

Segundo a FCS (Faculdade de Ciência e Saúde), seriam ofertadas no Processo Seletivo – Vestibular (PSV-2022) e pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu-2022). Entretanto, diante do atual cenário, não será possível atender as 80 vagas previstas para o próximo ano, principalmente, devido ao represamento de matrículas de 2021 e ao fato de que não há professores suficientes para atender a essa demanda.

Por outro lado, o impacto na LOA (Lei Orçamentária Anual), na Instituição, atinge R$ 123 milhões. Isso representa uma redução de 44% se comparado com o ano anterior. Diante disso, a verba destinada para a Assistência Estudantil teve uma redução da ordem de R$ 2,08 milhões.

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