Com novas mortes entre idosos, MS pede aplicação de 3ª dose da vacina

Depois de queda, casos e mortes por coronavírus voltaram a aumentar entre os idosos

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Estado alcançou meta de 90% dos adultos vacinados com ao menos uma dose.
Estado alcançou meta de 90% dos adultos vacinados com ao menos uma dose.

Mato Grosso do Sul irá pedir pela 3ª dose de vacina para reforçar a imunização contra o coronavírus. O pedido será feito depois que a SES (Secretaria Estadual de Saúde) realizou um estudo, que mostrou a necessidade da dose de reforço em idosos a partir de 60 anos. O levantamento apontou que o grupo adquiriu imunidade contra a covid, mas recentemente os casos e mortes voltaram a crescer.

A SES reforçou que a idade é um fator de risco para o coronavírus, quando o sistema imunológico responde menos à produção de anticorpos. “Ou seja, um indivíduo a partir de 60 anos de idade corre duas vezes mais risco de hospitalização ou óbito por Covid-19 em relação a um indivíduo mais jovem. E a situação progride conforme o aumento da faixa etária”, informou a secretaria.

O secretário estadual de saúde, Geraldo Resende, disse que Mato Grosso do Sul poderá colher dados sobre a imunidade dos idosos. “A partir do nosso levantamento, vamos encaminhar essas informações para o Ministério da Saúde e outras Instituições como o CONASS (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) e o CONASEMS (Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde), solicitando o reforço de vacinas para o Estado para este processo de terceira dose”, disse o secretário.

O que diz o estudo

A campanha de vacinação iniciou no dia 19 de janeiro em Mato Grosso do Sul, começando pelos idosos. Devido ao recebimento das doses que ocorreu de forma escalonada, as vacinas foram administradas na população idosa seguindo a ordem decrescente de idade, 80 ou mais, 70-79 anos, 60-69 anos. Os imunizantes utilizados foram a Coronavac e a AstraZeneca.

O período de vacinação dos idosos foi de janeiro a maio e o índice de cobertura vacinal chegou a 100% entre os idosos de idade mais avançada. Assim, o Estudo constatou que desde o início da pandemia até julho de 2021 foram registrados 5.626 óbitos de idosos vítimas da Covid-19, sendo 1.801 em 2020 e 3.825 em 2021. Isto representa 112% de óbitos a mais desde março de 2020. Segundo a SES, o risco de nova contaminação aumenta a partir dos 60 anos de forma progressiva nas faixas etárias. O risco é maior para os idosos de 90 anos ou mais, em que a possibilidade de hospitalização é de 8,5% e de óbito de 18,3%.

Na faixa etária de 60 a 69 anos a média de casos confirmados foi de 7,97% e mortes 27,79%. Observa-se queda nas mortes desde o mês de junho. Já na idade de 70 a 79 anos a média de casos confirmados foi de 3,56% e mortes 23,06%. Houve queda de mortes nos meses de maio e junho, com elevação no mês subsequente.

Entre os idosos acima de 80 anos, a média de 1,76% dos casos confirmados e 19,61% nos óbitos. Observa-se queda de mortes nos meses de abril e maio, voltando a se elevar nos meses subsequentes. “A preocupação maior é com população acima de 80 anos, onde temos a maior taxa de letalidade. Observa-se a manutenção de altas taxas de letalidade, dada pela proporção de casos que resultaram em óbitos por Covid-19, nos idosos”, informou a secretaria de saúde.

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