Câmara de Campo Grande realiza simpósio sobre leishmaniose canina
Pautou parte dos debates desde a última semana na Casa de Leis
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A Câmara Municipal de Campo Grande realizou o I Simpósio sobre Leishmaniose Canina na manhã desta sexta-feira (13). A discussão sobre o bem-estar animal, que pautou parte dos debates desde a última semana na Casa de Leis.
“A doença, sob a forma visceral, é uma doença silenciosa. Ela atinge a víscera do animal, os sistemas orgânicos do animal, principalmente fígado, baço e rins. Hoje, o animal é um membro da família e não aceitamos mais trata-lo como objeto”, disse o vereador Profº André Luís, que ministrou palestra sobre mitos e verdades sobre a leishmaniose e é membro da Comissão Permanente de Defesa, Bem-Estar e Direito dos Animais, o evento foi realizado de forma online, com participação dos segmentos ligados à proteção dos animais.
De acordo com o parlamentar, em relação aos três tipos de leishmaniose: visceral, tegumentar e mucocutânea. Enquanto a primeira ataca os órgãos do animal e é a mais letal, a segunda caracteriza-se por por feridas na pele que se localizam com maior frequência nas partes descobertas do corpo. Já a mucocutânea afeta tecidos nasofaríngeos e pode provocar mutilação total do nariz e do palato.
Ainda de acordo com o vereador, no Brasil, são cerca de 500 óbitos por ano decorrentes da doença. Ele ainda condena a eutanásia para conter o avanço da doença. “A eutanásia não funciona como forma de controle. Mas o controle, através de inseticida, sim. O uso do inseticida é eficaz no controle da leishmaniose canina e não tem sentido nenhum a eutanásia para reduzir a doença. Gastamos milhões por ano matando animais sem necessidade e sem reflexo algum na saúde pública”, defendeu.
A veterinária Maria Lúcia Metello, da ONG Abrigo dos Bichos, reforçou que a doença tem tratamento. “Não tem esse risco que sempre foi pregado para a população. Tem que se tratar abertamente e livremente. Leishmaniose, ou você trata, ou você mata. Lutamos pelo direito ao tratamento e suspensão da eutanásia. Queremos o direito de tratar nossos animais e não permitir que o poder público vá a nossa casa para mata-los. Se tem o tratamento, por que não tratar?”, questionou.
Debates
A Câmara tem discutido políticas públicas para o bem-estar animal desde a última semana. No último dia 6, audiência pública reuniu autoridades, ONGs e pessoas ligadas a proteção animal. O debate serviu para ouvir as demandas de quem atua com acolhimento de cães e gatos, além de propor novas frentes de atuação do poder público.
A Comissão de Bem-estar Animal da Câmara Municipal irá realizar encontros a cada 15 dias. Todos os órgãos interessados em monitorar as políticas públicas e as ações do CCZ e ações a serem colocadas em práticas serão convidados, assim como representantes do Governo do Estado, da Assembleia Legislativa e organizações civis.
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