Após MS ter maior taxa de ocupação do país, ampliação de leitos faz índice voltar a 100%

Após registrar a maior taxa de ocupação do país, segundo boletim da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), Mato Grosso do Sul tem ampliação de leitos UTI (Unidade de Terapia Intensiva) exclusiva para pacientes covid. Assim, o painel Mais Saúde aponta ocupação de 100% no sistema de saúde. Até ontem, o Estado estava funcionando com atendimento além […]

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Após registrar a maior taxa de ocupação do país, segundo boletim da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), Mato Grosso do Sul tem ampliação de leitos UTI (Unidade de Terapia Intensiva) exclusiva para pacientes covid. Assim, o painel Mais Saúde aponta ocupação de 100% no sistema de saúde.

Até ontem, o Estado estava funcionando com atendimento além da capacidade, com taxa de 106%. Entretanto, o número  de leitos foi ampliado de 515 para 536, que desafogou a sobrecarga.

Entretanto, conforme o boletim mais recente da SES (Secretaria Estadual de Saúde), 176 pessoas estavam na fila aguardando uma vaga de internação. A maioria delas em Campo Grande, onde há 108 pacientes à espera de um leito.

No HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul), considerado referência para tratamento de pacientes com covid pelo SUS, a situação se agravou esta semana. Todos os 120 leitos críticos estão ocupados com pacientes covid e ainda há outros 13 improvisados em outras alas do hospital, conforme o boletim oficial.

A situação mais delicada é de Campo Grande, que atende além da capacidade. São 313 leitos UTI exclusivos para covid, mas são 317 pacientes internados em estado grave.

Dourados está com ocupação de leitos UTI covid em 84,62% do total de 65 leitos. Já, Três Lagoas está com todas as 39 vagas em UTIs covid ocupadas. Em Corumbá, a situação é a mesma, com ocupação de 100% dos 17 leitos críticos.

Alerta Fiocruz

Os pesquisadores indicam que os altos índices de ocupação retratam o colapso no sistema de saúde no atendimento a pacientes que precisam de cuidados complexos para covid. Por outro lado, também prejudicam o atendimento a pacientes com outros tipos de doenças.

O documento assinala que medidas mais rigorosas que estão sendo adotadas em algumas localidades são fundamentais para interromper a tendência de descontrole da pandemia, diminuindo os “efeitos sobre o sistema de saúde e poupando vidas”.

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