A Aneel (Agência Nacional da Energia Elétrica) aprovou, durante reunião extraordinária nesta quinta-feira (22), reajuste de 8,9% nas contas de energia dos mais de 1 milhão de consumidores atendidos pela em . A decisão havia sido adiada por duas vezes para cálculos de atenuação na tarifa.

Durante a videoconferência da reunião, a presidente do Concen-MS (Conselho de Consumidores de Área de Concessão da Energisa), Rosimeire da Costa, fez apresentação dos dados, alertando que os mecanismos emergenciais utilizados para reduzir a tarifa, prevista inicialmente em 14,76%, são preocupantes. “Diante dos dados, urge que nós tenhamos o zelo de no ano de 2021 cuidarmos de uma remodelagem no setor elétrico, pois nosso reajuste deveria ser 14,76%, conseguimos diferir R$ 463 milhões, quer dizer que estamos rolando dívida para o ano de 2022”, pontuou.

Assim, a Energisa passa da 9ª posição para o 4º maior valor de tarifa, subindo de 654,2 mgw/h para 693,64 mgw/h para o consumidor residencial.

O reajuste terá impacto diferente nas classes de consumidores, veja abaixo:

  • Alta tensão – 10,28%
  • Grupo B – Baixa tensão 8,27%
  • Residencial – 7,28%
  • Reajuste médio de 8,9% (seria  14,76%) 
Componentes que impactaram no reajuste da Energisa MS
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A presidente do Concen-MS também apresentou o balanço apresentado pela Energisa referente a março de 2021, em que mostra receita de R$ 4,29 bilhões, sendo 12% de lucro em 2020.

Veja abaixo o histórico de reajustes da Energisa-MS dos últimos anos:

  • 2020 – 6,9%
  • 2019 – 12,39%
  • 2018 – 9,87%

A Energisa atende 74 municípios de Mato Grosso do Sul e chega a mais de 1 milhão de consumidores.