A prefeitura municipal de Campo Grande mudou as regras de biossegurança impostas para comércios, eventos e casas noturnas. A medida entrará em vigor nesta segunda-feira (20) com fim da limitação de pessoas em estabelecimentos, seguindo o limite do alvará e aferição de temperatura. Antes das regras mais brandas entrarem em vigor, o Jornal Midiamax foi a estabelecimentos da Capital e constatou que algumas medidas já não estão sendo seguidas, situação que, inclusive, tem gerado reclamação de consumidores. 

Na Rua 14 de Julho, no Centro, a maioria dos comércios mantém o álcool em gel disponível, mas sem controle de entrada e aferição de temperatura. Na mesma via, além de não ter controle de entrada, grande loja de rede de eletrodomésticos, situada entre a rua Marechal Rondon e Maracaju, foi a única das empresas visitadas a não oferecer o álcool em gel, com dispenser vazio e visíveis sinais de falta de manutenção do serviço.

Das empresas de médio e grande porte visitadas na tarde desta sexta-feira (17), somente uma mantinha um funcionário na entrada do estabelecimento aplicando o álcool nas mãos dos consumidores, como exige o decreto vigente.  

Mercados

[Colocar ALT]
 Fort Atacadista da Avenida Presidente Vargas (Foto: de França / Jornal Midiamax)

Supermercado localizado na Avenida Eduardo Elias Zahran disponibiliza o álcool para os clientes, mas nenhum funcionário estava aferindo a temperatura, como exige o decreto válido até este domingo (19).

O mesmo controle de pessoas não é feito em outro hipermercado localizado na Ministro João Arinos, que oferece o dispenser de álcool em gel em só um dos acessos.

Uma pequena exceção foi encontrada em atacadista da Avenida Coronel Antonino, com um funcionário aplicando o álcool líquido, mas sem a realização de aferição de temperatura corporal.

Em outro atacadista na Avenida Presidente Vargas, o álcool líquido e aferição de temperatura são regras, mas essas são feitas pelos próprios clientes, sem supervisão de um funcionário. 

O que diz o comércio

Sobre a falta de álcool em comércios do varejo, A CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) informou que não há relatos sobre esse tipo de ocorrência, os varejistas são, em sua grande maioria, “muito conscientes de suas obrigações, pois são os que mais sentem os reflexos das restrições e, por isso, buscam fazer a sua parte para acabar de uma vez com a pandemia. Podem ocorrer casos pontuais, mas que são solucionados com bastante brevidade”, informou a CDL.

A entidade também afirma que em todas as comunicações feitas para seus associados e para o varejo em geral, sempre é reforçada a necessidade dos varejistas seguirem estritamente as regras de biossegurança.

“A entidade está constantemente orientando sobre as medidas por meio de vídeos e postagens divulgados em suas redes sociais, grupos de whatsapp e nas entrevistas aos veículos de comunicação. Inclusive, com o anúncio do fim do limite de lotação, umas das questões pontuadas é justamente a obrigatoriedade da utilização de máscara, álcool gel e sanitização das empresas”.

A mudança

Distanciamento seguro entre indivíduos, uso obrigatório de máscara, disponibilização de frascos com álcool 70%, higienização e controle do fluxo de pessoas na entrada e interior dos estabelecimentos. Estas são as novas regras publicadas pela Prefeitura de Campo Grande nesta sexta-feira (17), que devem ser seguidas a partir de segunda-feira (20).

Na prática, o restante das exigências adotadas desde o início da pandemia foi revogado. Por exemplo, não há mais limite de lotação em cada lugar, nem metragem específica de distanciamento necessário entre pessoas.

Agora, os estabelecimentos, como bares, boates, casas de shows, shoppings, restaurantes, academias, entre outros, poderão operar com a capacidade permitida no alvará de funcionamento. Ou seja, se são permitidas 100, este total poderá ficar no local ao mesmo tempo.

Eventos de ‘qualquer natureza' que tenha público estimado de até 200 pessoas não precisarão de plano de contenção de riscos, somente atendendo às normas sanitárias e outras recomendadas para contenção do contágio da Covid.

O público também não precisará estar separado 1,5 metro, necessariamente, apenas o suficiente para manter segurança — aferição de temperatura não será mais obrigatório. Mecanismos para higienização, como dispensadores contendo álcool, devem ser instalados em locais estratégicos, como nas entradas, banheiros, próximo a elevadores e equipamentos de uso coletivo.