O setor turístico de foi um dos mais afetados pela pandemia causada pelo surto de coronavírus, após meses de ‘seca' em um ano que se acreditava promissor, os turistas devem voltar a visitar os balneários, sítios e hotéis do estado.

De acordo com Adriana Merjann, diretora de uma agência de viagens em MS, o próximo ano deve apresentar uma melhora significativa no setor, mas com paços lentos e crescentes com o decorrer dos meses.

“Mesmo que chegue uma vacina já no início do ano, o mês de janeiro ainda deve ser um pouco fraco em relação aos anos anteriores e o aumento da procura deve iniciar mesmo a partir de março”, projetou Adriana.

Ao conversar com agências, secretarias e proprietários de hotéis, é fácil perceber que a pandemia ‘destruiu' o que prometia ser o melhor ano para o em Mato Grosso do Sul.

Quase que de forma unanime, todos relatam que a expectativa para este ano era alta, “nós tivemos o melhor janeiro em muitos anos”, revelou Adriana. Pensamento compartilhado por Rafael de Arruda, diretor de um sítio pousada em Rio Verde.

Todos revelam que o ano seria promissor, com diversas marcações e reservas já fechadas com antecedência e canceladas por conta da pandemia. Está cenário que mostrou desastroso em 2020 é um dos fatores que promete alavancar o setor no próximo ano.

Com o rápido avanço da doença, muitos turistas que já estavam com viagem marcadas e programadas tiveram que cancelar seus planos, e suas vagas foram remarcadas para 2021, efeito que criou um ‘boom' nas reservas do próximo ano.

Caso vivenciado por uma agência de que possui três barcos hotéis e já estão com as reservas cheias, sem espaços para novos hóspedes na alta temporada de 2021, muito relacionada pelo período de na cidade. A Fundação de Turismo do Pantanal de Corumbá afirmou que a os meses considerados ‘de alta' são junho, julho, agosto, setembro e outubro, além do Carnaval da cidade, já conhecido em todo o estado, que foi responsável pela chegada de 10 mil turistas em 2020.

Para a Fundação a expectativa não é diferente das agências e hotéis, o esperado é um “aumento gradual em relação a 2020, tanto no turismo doméstico, como no de pesca esportiva, passeios e eventos que a cidade promove”, informou o município em nota.

Somando as remarcações de 2020 com as novas procuras de 2021, o cenário parece ser de esperança o setor turístico. Rafael, que dirige sitio em Rio Verde, afirma que o mês de janeiro já estão com as reservas todas fechadas, e aqueles que pretendem ir ao local, só irão encontrar vagas a partir do dia 15.

O segundo fator que deve ser responsável pela alta no próximo ano e justamente a fuga da pandemia. Adriana explica que antes as pessoas procuravam cidades mais cheias, com festas e coisas do tipo, mas hoje o desejo é de encontrar locais calmos e distantes.

“A grande procura dos nossos clientes hoje, são para sítios isolados, locais à beira de rios, as cidades e hotéis ou refúgios localizados no Pantanal por exemplo. Essa região por exemplo teve um aumento de 20% a 30% em relação aos anos normais, uma demanda que não ocorria antes”, contou.

Lotação e alta ‘maquiada'

A alta em 2021, apesar de encantadora, deve ser visitas com ressalvas, pois os hotéis ‘lotados' e pacotes já reservados obedecem a decretos estaduais e municipais que impedem o grande número de visitantes e exigem diversas medidas de biossegurança.

“Nós estamos fechando todas as reservas, mas com apenas 30% da capacidade, antes eu lotava com 50 ou 60 pessoas em um final de semana, hoje com 10 já ficamos quase no limite, que é de 30 pessoas”, explica Rafael.

Decretos e medidas que preocupam Augusto Barbosa Mariano, secretário de truísmos de . Para ele, a pandemia é algo que ainda está ocorrendo e seu efeitos são imprevisíveis.

“Agora nós estávamos com uma grande expectativa para dezembro, principalmente no natal e virada, com hotéis e restaurantes quase todos lotados, mas após o decreto estadual que define o toque de recolher as 22h a demanda já caiu”, disse o secretário.

Por conta disso, Augusto prefere não fazer previsões para 2021, ao levar em consideração que qualquer cenário previsto hoje, pode ser totalmente alterado em uma semana.