Trabalhadores que utilizam o foram pegos de surpresa na manhã desta segunda-feira (20), em . Assembleia extraordinária com funcionários ocorreu das 5h às 7h e pontos ficaram cheios.  A falta de informação por parte do deixou alguns usuários plantados nos pontos desde a madrugada. O retorno ocorreu a partir das 7h30 e ônibus de várias linhas ficaram lotados. (Veja o vídeo no fim da reportagem)

É o caso de Mardilei da Costa, que está em um ponto na Avenida Júlio de Castilho desde às 5h e já perdeu uma consulta médica. “Vou perder a minha consulta e a questão fica como? Ninguém está sabendo de nada, alguns estão pedindo carro por aplicativo, mas muitos não têm essa condição”, reclamou.

Teve gente que cansou de esperar, voltou para casa e, depois, retornou ao ponto. Foi o que fez a agente de asseio Cristiane Mendes de Oliveira. “Moro no Caiobá e no Indubrasil. Estou inconformada por ninguém da empresa de ter informado que os ônibus iriam parar”, disse.

A trabalhadora disse estar indignada pois “saio de casa todos os dias às 4h30 e nada de ônibus. Liguei na empresa e informaram que ônibus só depois das 7h. Isso é um absurdo”, exclamou.

Com a falta do transporte coletivo, muitos precisaram chamar motoristas de aplicativo. Gisley Márcio, funcionário do setor administrativo Hospital Regional – referência do governo estadual para tratamento da Covid-19 – teve que pagar R$ 24 para ir de casa, no residencial Iracy Coelho, até o serviço, que fica no Aero Rancho. “Ficamos indignados. O trabalhador não tem saída, se não tiver o transporte coletivo, olha só o que acontece”, reclamou.

A página Ligados no Transporte denuncia que a Assembleia que prejudicou a população teria sido realizada para que a categoria discutisse um problema inerente às empresas: as multas do Consórcio Guaicurus.

Assembleia

O principal ponto é discutir sobre a lei 6.481, sancionada pelo prefeito na última semana, que trata da alteração dos itens do Sistema Municipal de Transporte e permite também, a aplicação de multa por eventual descumprimento de regras pelo Consórcio Guaicurus, não sendo mais necessário a anuência das empresas de ônibus.

Ainda segundo a lei, outra previsão é multa de forma remota por parte da Agetran (Agência Municipal de Trânsito e Transporte), que consegue monitorar rotas e viagens em tempo real.

De acordo com o diretor financeiro da STTCU (Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo Urbano), William Alves, o impacto deve ser muito grande nas linhas de ônibus, seja elas de bairro ou terminais, que costumam iniciar seus serviços logo nas primeiras horas da manhã. Desta forma, os trabalhadores devem ficar atento e procurar outros meios de deslocamento para seus respectivos trabalhos. Para o diretor, o ato é considerado como “uma greve”, definiu brevemente.

(Atualizado às 7h54) GM