“Estamos preocupados com a virada do ano”, declarou o secretário estadual de saúde de Mato Grosso do Sul, Geraldo Resende, ao apresentar os dados do boletim da Covid-19, na manhã desta segunda-feira (28).

Conforme Resende, a preocupação é que, diferente do , que é mais familiar, o Réveillon é marcado pelas festas e reunião de pessoas. “Grandes aglomerações podem acontecer e vamos ver o resultado disso, que queremos evitar”, pontuou.

O titular da SES reforçou que o decreto do toque de recolher, das 22h às 5h, será prorrogado e que haverá reforço na para garantir o cumprimento. “Vamos colocar forças de segurança para ajudar os municípios e suas guardas municipais a garantirem o cumprimento do decreto que a gente vai renovar no dia de hoje”, informou Resende.

Por fim, o secretário conclui que “estamos próximos da UTI [Unidade de Terapia Intensiva]. Avançamos o que pudemos avançar, e agora a responsabilidade estão nas mãos de cada um de vocês”, apelou.

Recorde de casos e mortes

O boletim da Covid-19 divulgado na manhã desta segunda-feira (28) pela SES (Secretaria de Estado de Saúde) mostra que a semana epidemiológica que se encerrou no sábado (26) teve aumento de 103% no número de mortes se comparado com duas semanas atrás.

Os dados mostram que do dia 20 a 26 de dezembro foram 175 óbitos no Estado. Já na semana do dia 6 a 12 deste mês, MS havia registrado 86 pessoas que perderam a vida pelo coronavírus.

Nas últimas 24h foram 16 óbitos registrados, porém a média móvel dos últimos 7 dias está em 24, ou seja: em média 24 pessoas morreram com a doença em MS nos últimos 7 dias. No total, 2.245 pessoas perderam a vida por Covid-19.

Conforme o boletim, a média móvel de casos confirmados está em 1.042 na última semana. A taxa se mantém acima de 1 mil desde o dia 8 de dezembro.

Conforme a secretária adjunta de saúde, Christinne Maymone, apesar de MS registrar apenas 223 novos casos confirmados nas últimas 24h, a média se mantém alta e o número pode aumentar. “É por causa da falta de encerramento de casos notificados pelos municípios”, explicou. São 5.896 casos que estão retidos pelas secretarias municipais e não constam no boletim oficial.