Por ‘encaminhamentos inadequados e risco assistencial’, a Santa Casa de enviou um ofício aos CRM-MS (Conselho Regional de Medicina de ) denunciando um ‘caos’ no maior hospital do Estado. Entre as queixas listadas, o hospital diz que chegou a receber 180 pacientes em 48 horas e destes, 134 encaminhados pelo ‘Vaga Zero’, corriam o risco de não serem atendidos.

Não é de hoje que a Santa Casa denuncia o aumento da demanda, causando a superlotação, também a falta de estoques de materiais e medicamentos. “Inclusive antibióticos, em níveis minimamente aceitáveis para não comprometer a assistência aos pacientes da urgência e emergência”, descreveu no ofício.

O hospital de referência em atendimentos de alta complexidade, de ortopedia e neurologia, denuncia que pacientes correm riscos assistenciais “potencialmente graves e fatais”, pedindo ao CRM uma medida para minimizar esses riscos.

Um dos agravantes, de acordo com o ofício, é o encaminhamento de pacientes – como os 134 do “Vaga Zero” -, que corriam risco de não receberem uma assistência adequada. Ainda enfatiza que já fez reclamações formais para a Central Municipal de Regulação para que encaminhamentos ao pronto-socorro sejam restritos a casos de urgência e emergência, para evitar a superlotação.

A Santa Casa afirma que na última segunda-feira (21), pediu para que a Central não encaminhasse pacientes para procedimento de cateterismo e angioplastia coronariana, por falta de material especifico. “No entanto, como nas demais situações denunciadas, os pacientes com essa demanda especifica, não foram direcionados para outros serviços com condições de prestar-lhes assistência adequada”, destacou.