Para escapar da multa de até R$ 1 mil, os ‘pipeiros’ que usam linha chilena nas pipa em Campo Grande usam uma gambiarra engenhosa, segundo flagrante enviado ao Jornal Midiamax. Após vários acidentes, uma lei proibiu o uso de cerol e linha chilena.

De acordo com o fotógrafo Marcos Vinícius os infratores emendam a linha normal no material cortante para despistar a fiscalização. Ele flagrou restos da linha no Bairro Caiçara, nesta quinta-feira (4).

“Se a polícia perguntar, eles falam que não é chilena, como não olham a linha toda quando ela está no ar, ninguém vê. O certo é mandar descer a pipa e ver a linha toda”, alerta.

Coincidentemente, o flagrante ocorre no dia em que a Prefeitura de Campo Grande aumentou 5 vezes a multa para quem comercializa cerol ou linha chilena, que passa de R$ 1 mil para R$ 5 mil.

E, para quem for flagrado utilizando a linha na pipa, a multa é de R$ 1 mil. No mês passado, até um bebê de 1 ano e 8 meses se feriu depois que uma pipa caiu no quintal.

Com o aumento de casos, a Guarda Civil Metropolitana tem intensificado a fiscalização, e denúncias podem ser feitas pelo telefone 153.

Linha Chilena: poderosa e perigosa

Enquanto o cerol usa mistura de cola e pó de vidro ou ferro, a linha chilena é industrializada e corta mais porque usa pó de quartzo e óxido de alumínio.

Assim, se o resgate de uma pessoa ferida por linha chilena, cerol ou qualquer subtipo destas não acontecer de forma rápida, é possível que o sangramento excessivo leve à morte.

Outro agravante é que as regiões do corpo onde as vítimas costumam ser atingidas são pescoço e pernas, onde há bastante circulação de sangue.

Além disso, essas linhas podem entrar em contato com a rede elétrica, interrompendo fios e causando apagões, como ocorrido em São Paulo.

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