Moradores do assentamento Itamarati, em ,  316 quilômetros de Campo Grande, denunciam o da reserva ambiental da Mata Atlântica. Segundo os moradores, invasores estariam degradando o local para montar acampamentos.

Segundo a denunciante, que preferiu não se identificar, são cerca de 800 hectares que haviam sido reflorestados em 2010 entre parceria com o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural) e os assentados. Invasores estão montando barracões de lona e madeira na região.

“Já faz uns dois meses que começaram as invasões. Em alguns locais colocaram até fogo e estão preparando terra para plantar em outros. Ficamos sabendo que estão oferecendo para arrendatário. Isso já vinha ocorrendo, alguns foram presos, mas agora a situação é diferente e tem gerado tensão entre invasores e assentados. Muitas dessas áreas foram reflorestadas pelos assentados com as parcerias. Eram áreas de pastagens que todo anos pegava fogo e depois da ação isso não acontecia mais. As mudas plantadas já estão grandinhas”, disse.

De acordo com a moradora, os invasores não fazem parte do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), porém, ainda não sabem quem faz parte da ocupação.

Para construir barracos, invasores desmatam reserva ambiental em Ponta Porã
Locais estariam sendo ocupados em vários pontos da reserva. (Foto: Leitor Midiamax)

“Estão invadindo as áreas para plantio, inclusive, atearam fogo na área para limpar. O fogo atingiu até a beirada do Rio Lageado”, explica.

O assentamento Itamarati é um local protegido por lei de qualquer atividade de exploração. No ano passado, o (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e a Polícia Federal flagraram a exploração de árvores de Peroba Rosa.

O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis)  informou que uma equipe está no local investigando a situação, e será necessárias articulações com outros órgãos de para controle de ações para coibir e responsabilizar infratores.

A reportagem entrou em contato com a Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Familiar), mas não obteve retorno até a publicação deste material.