Na periferia de Campo Grande, chuva intensa alagou ruas e deixou moradores ilhados na lama
Os 100 milímetros de chuvas que atingiram Campo Grande nas últimas 24 horas, deixaram os moradores do Ramez Tebet ilhados nesta quarta-feira (13). A rua Fidelis Bucker que dá acesso ao bairro ficou alagada e a saída para o trabalho virou uma ‘aventura’. A diarista Pamela Benites,28 anos, não conseguiu nem sair de casa na […]
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Os 100 milímetros de chuvas que atingiram Campo Grande nas últimas 24 horas, deixaram os moradores do Ramez Tebet ilhados nesta quarta-feira (13). A rua Fidelis Bucker que dá acesso ao bairro ficou alagada e a saída para o trabalho virou uma ‘aventura’.
A diarista Pamela Benites,28 anos, não conseguiu nem sair de casa na manhã desta quarta. Ela contou que durante noite a rua parecia uma cachoeira e quando amanheceu a chuva forte que atingia o bairro a fez ficar com medo de retirar os filhos – gêmeos de 2 anos – de casa.
“A enxurrada parecia uma cachoeira. Fora que acaba com a estrada. A água fica na altura do joelho quando alaga, sempre deixo meus filhos na minha sogra para ir para o trabalho, mas hoje não tinha condições de se arriscar e acabei não indo trabalhar. Foi tanta água que minha fossa até transbordou no quintal”, conta.
“O carro do vizinho atolou agora cedo. Só quem precisa sair muito de casa procura outra saída do bairro, mas chega a andar muitos quilômetros. É muito perigoso aqui quando alaga. Estamos esquecidos”, completa
Segundo Mauro Sérgio, 41 anos, além das ruas alagas, os moradores também não têm iluminação pública, o que aumenta os riscos em dia de chuva. “Fica escuro aqui, as ruas ficam intransitáveis. Ontem cheguei a fazer uma ponte para as crianças passarem. Sempre que chove acontece essas coisas”, explica.
O morador precisou dar uma volta de 4 quilômetros para conseguir sair do bairro e ir trabalhar na terça-feira. “Ontem foram 4 quilômetros de desvio para conseguir sair do bairro, hoje precisei ajudar o vizinho a desatolar o carro. A gente sempre tem carro atolado aqui e precisa dar essas voltas para ir trabalhar. Poderiam ao menos passar uma patrola”, desabafa.
Já para o vendedor Cristiano Alves,42 anos, passar a patrola não seria a solução. “Sempre que chove o buraco abre novamente. Quem faz benfeitoria pro bairro somos nós moradores. Em dia de chuva tem que sair com 3 horas de antecedência senão não chega no trabalho. Dois dias de chuva e olha aí, nenhum carro passa. Não tem como ir e vir no bairro”, conclui.
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