O retorno presencial em setembro às aulas em escolas particulares de não agrada aos pais dos alunos. Reunião realizada na quinta-feira (13) entre representantes das escolas, prefeitura e MPE (Ministério Público de ) deixou o dia 10 de setembro pré-fixado como possível data para o retorno das aulas presenciais.Revoltados, pais criaram até grupo no Facebook para se mobilizarem contra a medida.

Nas redes sociais, é praticamente unânime o número de pais que declarou que não pretende levar os filhos para as aulas por enquanto. É o que pensa Elizângela Marques, por exemplo. “Na verdade a minha tbm n vai, se ficou até agora sem aulas, faltando pouco pro encerramento do ano então fica em casa, ano que vem estuda tudo de novo se for preciso”.

Outra mãe que já declarou que o filho não vai é Daniela Marcelino. “Não tem lógica querer mandar as crianças para escola. Prefiro que meu filho perca o ano letivo do que a vida dele, eu não mando meu filho pra escola esse ano de jeito nenhum”.

Além da preocupação com a saúde, Priscilla Cardoso comentou sobre as restrições impostas para quando houver o retorno neste período de . “Não pode abraçar, não pode brincar, não pode ir pro pátio, não pode lanchar junto, não pode, não pode, não pode… pra que voltar então? Pra sentar sozinho num canto, sufocado com uma máscara? Criança é muito mais do q isso. Estão melhores em casa”.

Vários pais já se mobilizaram e criaram um grupo no Facebook “Ano Letivo se recupera, Vidas Não!!! MS”, que já conta com 82 membros menos de 12 horas após ser criado.

Já Andreza Regina Pereira lembra que a maior parte do ano letivo foi com aulas remotas e que já está perto do fim do ano. “Nossa, mas falta tão pouco para encerrar o ano, custa deixar para voltar o ano que vem”, indagou.

Reunião e pressão

Conforme apurado pelo Jornal Midiamax, antes mesmo de iniciar a reunião, grupo de escolas particulares já estavam com uma outra possível data de retorno para apresentar ao Ministério Público, para não sair da audiência sem uma data definida.

O MPE já confirmou que as escolas particulares pedem uma data de retorno desde abril. A primeira foi definida para 1º de julho, mas com o aumento de casos e ocupação de leitos em junho, a data foi revogada. Em seguida, definiram para dia 24 de agosto e, agora, para 10 de setembro.

Na reunião, a promotora da Justiça da Saúde, Filomena Fluminhan relembrou que o número de casos se elevou em mais de 300%, assim como a taxa de ocupação dos leitos do SUS (Sistema Único de Saúde) está em aumento considerável, que hoje, segundo a promotora, atinge 79%.

Pensamento reforçado pelo secretário municipal de saúde, José Mauro Filho, que colocou na reunião que o alto índice de ocupação dos leitos do SUS não contribui para a flexibilização do retorno às aulas.