Nesta semana, a hastag #exposedCG ganhou repercussão na após vários relatos de abuso que mulher passaram. Em , vítimas procuraram a polícia para denunciar a situação de assédio e violência sofrida. A Promotora de Justiça Ana Lara Camargo Castro, alerta para que a sociedade preste mais atenção nesses casos e dê apoio as vítimas.

Para a promotora, como em muitas publicações expostas, mulheres podem sofrer consequências injustas de registro de ocorrência ou reparação por dano moral, vindas dos próprios agressores ou pessoas julgando, antecipando a defesa do acusado. Além disso, ela ressalta que falar sobre uma violência é difícil, e a corrente pode facilitar de que vítimas tomem coragem para falar e denunciar à polícia.

“Quando surge um movimento como esse, se levantam muitas dúvidas sobre a credibilidade da mulher, e isso deve fazer a gente refletir como sociedade, pois o primeiro pensamento das pessoas é imaginar que a mulher está mentindo, está querendo ganhar notoriedade. Ainda vivemos em uma sociedade machista, conservadora, que ainda limita a sexualidade da mulher, e o primeiro pensamento das pessoas é de que as mulheres estão falseando”, disse.

Ana Lara explica que em muitas casos a mulher se sente reprimida em denunciar uma agressão por medo do julgamento, e vê nestes movimento sociais uma mudança cultural de enfrentamento ao machismo.
“A importância que a gente vê no movimento é uma mudança de paradigma, das mulheres começarem a ter coragem de denunciar, a não se sentirem culpadas, responsabilizadas, identificarem aquele determinado agressor e buscarem providências a esse agressor. Também vejo um movimento de sororidade, uma rede de aliança, de apoio mútuo entre as mulheres”.

Como denunciar?

Para o atendimento especializado, as mulheres podem procurar ouvidorias da , pelo telefone 67 4042-1324 ou pela Central de Atendimento à Mulher, pelo 180, que funciona 24 horas por dia, de segunda a domingo, inclusive feriados. A ligação é gratuita e o atendimento é de âmbito nacional.

Na ligação, a mulher será orientada e informada sobre seus direitos legais e as unidades que ela pode procurar apoio, conforme o caso, dentre eles as Delegacias de atendimento especializado à mulher, Defensorias Públicas, postos de saúde, Instituto Médico Legal, para casos de estupro, centros de referência, casas de abrigo e outros mecanismos de promoção de defesa de direitos da mulher.