Os eletricitários de uma empresa terceirizada da Energisa entraram em greve por tempo indeterminado em . A paralisação de atividades é feita por trabalhadores da empresa Energy, nos municípios de Naviraí e Ponta Porã. Segundo a categoria, a empresa teria tido descaso nas negociações do acordo coletivo de trabalho 2020/2021.

O Sinergia-MS (Sindicato dos Trabalhadores na e Comércio de Energia no Estado de Mato Grosso do Sul) alega que a categoria já havia aprovado um indicativo de greve para o dia 16 de novembro porque a empresa se recusava a atender as reivindicações dos trabalhadores e a debater o acordo. Contudo, antes do início da paralisação, a Energy demonstrou interesse em negociar e apresentou uma proposta.

“No dia anterior ao início da greve, a empresa apresentou avanços no acordo, com uma proposta de produtividade e pagamento retroativo a julho. Realizamos então uma assembleia com a categoria, que indicou a necessidade de inclusão de algumas reivindicações e elaborou uma contraproposta que foi apresentada à Energy”, explica a diretora do Sinergia-MS, Aliceia Araújo.

Com as negociações em andamento, os trabalhadores cancelaram a greve e aguardaram a resposta da empresa sobre a contraproposta, que foi enviada ao sindicato na última terça-feira (24). “Como resposta, a Energy trouxe retrocessos em relação à proposta inicial, tirou cláusulas referentes a reivindicações que já haviam sido atendidas e fez alterações que dificultam o recebimento da produtividade. Diante dessa situação, a categoria não teve alternativa e decretou a greve”, explica.

Ainda segundo informações do Sinergia-MS, os eletricitários pedem tíquete refeição de R$ 23,50 por dia trabalhado, pagamento de sobreaviso, hora extra, produtividade e hospedagem de , com repasse dos valores retroativos a julho. São cerca de 120 trabalhadores que atuam nas cidades da região sul do Estado como Ponta Porã, Aral Moreira, , , Naviraí, e Paranhos. A empresa presta serviços na área de construção e manutenção de rede elétrica e serviços técnicos comerciais.

Em nota, a Energisa afirma que a paralisação não compromete o atendimento realizado aos clientes pela concessionária, pois já articulou seu plano de contingência para continuidade dos serviços com equipe própria. A Energisa explica ainda que por se tratar de uma empresa terceirizada, as negociações de Acordo Coletivo de Trabalho acontecem de forma independente.