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Cotidiano

Crédito não chega ao pequeno e comerciantes do Centro amargam prejuízos

Desde o início da pandemia do coronavírus, o comércio foi um dos setores mais afetados em Campo Grande, muitos fecharam as portas e os que se mantiveram, vivem uma batalha diária para continuar com o comércio aberto. Como ajuda, o governo federal criou o Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno […]
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Desde o início da pandemia do , o comércio foi um dos setores mais afetados em , muitos fecharam as portas e os que se mantiveram, vivem uma batalha diária para continuar com o comércio aberto. Como ajuda, o governo federal criou o Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte), com objetivo de fornecer crédito  ao pequeno , mas de acordo com comerciantes do Centro, esse dinheiro não tem chegado ao seu destino final.

Crédito não chega ao pequeno e comerciantes do Centro amargam prejuízos
Rení Garcia, proprietária do salão de beleza (Foto: Leonardo de / Midiamax)

O Jornal Midiamax percorreu o Centro da cidade para conversar com esses trabalhadores. Rení Garcia, de 45 anos, é proprietária de um salão de beleza, enquadrado no regime MEI (microempreendedor individual).

Ela diz ter feito o cadastro no site da Caixa Econômica Federal e depois enviado por e-mail os documentos solicitados, mas desde o dia 22 de maio aguarda a reposta sobre a concessão do crédito. Ela conta que foi em uma agência do banco, mas os atendentes disseram que deveria esperar a resposta por e-mail.

A empreendedora já amarga um prejuízo de mais de R$ 10 mil e reforça a importância do empréstimo. “Meu movimento caiu 90%, o dinheiro é para a gente colocar em ordem o aluguel, água e luz”, disse ela.

Crédito não chega ao pequeno e comerciantes do Centro amargam prejuízos
Maria das Graças, proprietária da lanchonete (Foto: Leonardo de França/ Midiamax)

Maria das Graças, de 60 anos, é sócia de uma lanchonete, qualificada como ME (microempresa). De acordo com ela, o comércio teve uma queda de 40% no movimento, e suas contas estão no limite. Para piorar a situação, ela teve o pedido do crédito negado pela Caixa, que justificou que ela não preenche os requisitos do Pronampe.

Sem o mesmo fluxo de caixa, ela tem medo de uma possível falência “Sem essa ajuda e sem o retorno do movimento, corro o risco de fechar” desabafou.

Willian dos Santos, de 24 anos, também fez pedido de empréstimo em outra linha de crédito da Caixa, e continua à espera de uma resposta. Sócio de uma empresa de bijuterias e aviamentos, enquadrada como ME (microempresa), ele também tem dificuldades em manter seu empreendimento.

Crédito não chega ao pequeno e comerciantes do Centro amargam prejuízos
Willian dos Santos, proprietário da loja de bijuterias (Foto: Leonardo de França/ Midiamax)

De acordo com ele, também foi feito o cadastro pelo site da Caixa e todos os documentos enviados online. A última posição obtida foi no dia 20 de maio, que informava que o seu pedido estava em análise e que deveria aguardar.

Atualmente, ele sofre com a falta de capital giro, sem conseguir abastecer os produtos nas prateleiras. “Estou perdendo venda porque não tenho dinheiro para comprar mercadoria”, disse ele.

O que diz a Caixa

Segundo o banco, durante a pandemia do novo coronavírus, a Caixa já destinou mais de R$ 5 bilhões nas linhas de crédito do Programa de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) e do Fundo de Aval para as Micro e Pequenas Empresas (Fampe). Esse último, em parceria com o Sebrae.

Na semana passada, o Pronampe bateu o marco de R$ 3,18 bilhões de reais em créditos contratados – esgotando todo o limite que havia sido liberado para operar pela linha de crédito. Com isso, a Caixa recebeu do Ministério da Economia um acréscimo de limite, que passou a ser de R$ 4,24 bilhões.

“Os recursos estão disponíveis para contratação por clientes e não clientes, abrangendo empresas de diferentes portes. Aproximadamente 70% da demanda recebida pelo banco é proveniente de clientes que ainda não possuíam relacionamento com a Caixa”, reforça o presidente Pedro Guimarães.

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