Um intercâmbio cultural é o sonho de muitos estudantes brasileiros que visam estudar e conhecer um país. Diante da pandemia do Covid-19, o novo coronavírus, muitos estudantes estão desistindo de procurar uma viagem e estão preferindo aguardar a pandemia passar. No entanto, muitos estudantes já estão com passagem comprada para os próximos dias e agências estão buscando soluções para remarcar as viagens.

Conforme uma das agências mais procuradas pelos estudantes na hora que fechar um intercâmbio, a procura caiu e o coronavírus pode ser a explicação para isso. No entanto, segundo a agência, o foco atualmente é remarcar as viagens de quem já estava com tudo acertado, para evitar que o sonho de estudar fora seja afetado.

“Se o estudante comprou seu pacote até dia 11 de março de 2020, você poderá alterar a data de embarque do intercâmbio em até 2 anos da data inicial do seu curso, sem qualquer custo extra em relação ao curso, acomodação, seguro viagem, transfers e suporte”, afirma a Egali Intercâmbio.

Além de quem está com viagem marcada, a agência disse que também zela pelos estudantes que estão em quarentena pelo mundo, oferecendo hospedagem gratuita enquanto estiverem isolados. Até então, o foco da agência é organizar a remarcação das semanas de estudo. Para quem tem viagem agendada para junho, inicialmente, não há nenhuma restrição.

Outra agência cultural, uma das mais procuradas pelos estudantes com sede em Campo Grande, não comentou sobre a baixa procura nos meses de pandemia do coronavírus, mas afirmou que tem trabalhado para conseguir remarcar os estudos dos clientes que embarcariam em breve.

“  A Experimento Intercâmbio Cultural esclarece que tem acompanhado de perto e atuado de forma ativa nas remarcações e embarques de seus estudantes, independentemente do destino em que se encontram.  A empresa também tem atuado de forma ativa nas remarcações dos seus estudantes, para que eles possam realizar os seus intercâmbios em datas futuras”, disse.

Vírus importado para MS

Assim como o primeiro caso de coronavírus no Brasil, os casos que primeiro foram aparecendo no Estado foram devido moradores que retornaram de viagem, principalmente da Europa. A maioria dos casos são pacientes que voltaram ou tiveram contato com infectados vindos da Itália.

Em entrevista coletiva nesta sexta-feira (27), a SES (Secretaria de Estado de Saúde) divulgou um novo balanço dos números do novo coronavírus em Mato Grosso do Sul: são 28 casos confirmados, outras 51 suspeitas e 427 notificações já registradas. Não há nenhum óbito registrado no Estado desde que a pandemia chegou ao Brasil.

Os novos casos são de um paciente de Rio Verde de Mato Grosso que esteve na cidade de São Paulo, o grande pico da doença no Brasil. Outro caso que entrou na lista é uma paciente de Batayporã que esteve em contato com uma pessoa já infectada da família na Bélgica. O terceiro novo caso é em Campo Grande, que está sob investigação da onde houve o contágio.

Outro dado colocado na mesa pela secretária-adjunta da SES, Christinne Maymone é que ao todo são 337 casos descartados e outros 11 casos excluídos que não se encaixam nos critérios da doença identificados pelo Ministério da Saúde.

Em suma maioria, os casos estão concentrados em Campo Grande, onde pacientes estiveram na Inglaterra e Espanha e demais contatos com pessoas já infectadas pelo vírus. Além da Capital, a cidade de Sidrolândia registra um caso, onde uma paciente esteve viajando por diversos países europeus e Ponta Porã, região fronteiriça que anotou um caso de uma pessoa vindo da Itália, país com maior incidência da doença no momento.