Tiveram início nesta quinta-feira (23) as obras de recuperação e de tapa-buracos na MS-306, no norte de Mato Grosso do Sul. A via, ao longo de 219,5 quilômetros, foi concedida em março deste ano ao Consórcio Way-306, que ficará responsável pela manutenção e melhorias na via ao longo de 30 anos, em troca da exploração de serviços de pedágio.
A 306 foi a primeira rodovia estadual repassada à iniciativa privada, em pregão realizado na B3 (a antiga Bolsa de Valores de São Paulo). A estimativa é de que sejam investidos R$ 1,7 bilhão na rodovia ao longo dos 30 anos de contrato.
Cerca de 70 operários, divididos em 8 equipes, iniciaram a revitalização e tapa-buracos da via. A rodovia começa na divisa com Mato Grosso e vai até o trevo de acesso à BR-158, em Cassilândia, e teve as obras viabilizadas após assinatura do Termo de Arrolamento e Transferência de Bens, firmado na quarta-feira (22).
Conforme o gerente de Operações e Conservação da Way-306, Marcelo Ceccarelli, o programa de recuperação emergencial, nesta fase, visa a minimizar os problemas existentes que representam mais riscos. “Em várias frentes de trabalho, teremos três equipes de conservação e cinco de manutenção a serviço da concessionária, mobilizando diariamente cerca de 70 trabalhadores, máquinas [tratores e caminhões] e equipamentos [roçadeiras] em operação de tapa-buracos e reparos localizados para restauração preliminar do pavimento”, disse.
Com aval da Agepan (Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos), o consórcio também instalará dispositivos de segurança e de sinalização, como marcos quilométricos e placas de sinalização vertical. Ao mesmo tempo, terão início as obras das três unidades de atendimento ao usuário, postos de fiscalização da PMRv (Polícia Militar Rodoviária), Agepan e das três praças de pedágio. A intenção é entregar as unidades no 12º mês de concessão.
Dos R$ 1,7 bilhão a serem investidos, R$ 932 milhões vão para obras de melhoria e de infraestrutura (sendo R$ 600 milhões nos cinco primeiros anos) e R$ 843 milhões no atendimento a usuários e operação da via. No primeiro ano de concessão, devem ser aplicados R$ 110 milhões entre recuperação do asfalto, construção de prédios e instalação de sistemas.
