Com profissionais em falta, saiba como achar pedreiro para reforma em Campo Grande

Quando o assunto é obra e reforma, logo se vem a mente a dificuldade de se encontrar um bom profissional na área e a dor de cabeça que pode ser causada em caso de escolha errada. Entre os profissionais de serviços, pedreiro vem sendo um dos mais requisitados em Campo Grande e quem está planejando […]

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Quando o assunto é obra e reforma, logo se vem a mente a dificuldade de se encontrar um bom profissional na área e a dor de cabeça que pode ser causada em caso de escolha errada. Entre os profissionais de serviços, pedreiro vem sendo um dos mais requisitados em Campo Grande e quem está planejando reformar ou construir precisa ficar atento para não se dar mal.

Presidente do Sintracom (Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção e do Mobiliário de Campo Grande), José Abelha, explica que assim como diversas profissões, os pedreiros também integram uma área que exige diversas qualificações. No sindicato da Capital, são mais de 4 mil pedreiros associados e que possuem carteira de trabalho assinada.

O sindicalista conta que apesar disso, muitos ainda preferem manter a profissão de forma autônoma para não custear os tributos trabalhistas descontados em caso de registro em carteira. E com a profissão independente pode vir a falta de qualificação, que proporciona uma  mão de obra mais barata para o contratante, mas o resultado pode ser bem diferente do esperado.

Prejuízo

Como de fato aconteceu com a proprietária de uma casa no bairro Piratininga, que pediu para não ser identificada. Ela conta que planejava fazer uma reforma em casa, a falta de qualificação causou um grande transtorno, um prejuízo de quase R$ 6 mil e sua residência completamente inacabada.

A proprietária da casa conta que iniciou a reforma um pouco antes do início da pandemia  e acordou com o pedreiro pausar o serviço até que os casos diminuíssem na Capital.  Durante o período da obra parada, já começaram a surgir vários defeitos na área externa da residência, por isso, a família entrou em contato com o profissional, que disse que arrumaria os defeitos, mas nunca mais apareceu.

Depois de meses de espera, foi atrás de outro pedreiro, buscando recomendações e indicações. Foi quando viu em um post no Facebook recomendação de uma mulher falando do trabalho de um profissional, e então decidiu contratá-lo. Mas a sorte mais uma vez não bateu na porta da família.

Azulejos tortos e sem centralização foram os novos problemas e o pedreiro também foi dispensado. Já frustrada, a dona da casa, que tem um grande valor sentimental pela residência, por pertencer a um ente querido que se foi, conta que está muito mais difícil encontrar um pedreiro agora, pois já tem todo um  trabalho mal feito e novos orçamentos estão cada vez mais caros. 

“Os pedreiros chegam e olham a obra agora, já fazem cara de que será muito difícil arrumar o estrago e jogam o valor lá em cima. Está muito complicado” conta a dona da casa.

Não tá fácil

Seguindo na saga de encontrar pedreiros responsáveis, Lindaiane Taveira desabafou no grupo “Aonde não ir em CG”, no Facebook, onde dá detalhes da péssima experiência que teve com um marceneiro e explica tudo o que aconteceu.

Ela explica que levou um golpe de R$ 1 mil ao dar entrada para que um marceneiro fizesse um armário em sua casa. Ela explica que o profissional implorou pelo emprego, alegando estar sem nenhuma encomenda e precisava desta. Por dó, resolveram dar uma chance ao homem, que por sua vez recebeu a entrada e sumiu. Ele diz que está muito ocupado e que vai devolver o dinheiro, mas nunca aparece ou paga.

Também expõe  sua frustração, pois conta que ela e o marido estão montando a casa de pouco em pouco. E como perderam este dinheiro, as coisas da cozinha continuarão em caixas e terão que guardar dinheiro novamente. “A gente não pode, aliás, nem temos condições de contratar outro marceneiro se ele não nos devolver o dinheiro.”

Dicas

O presidente da Sintracom explica que grande parte destes problemas está ligado a desvalorização deste profissional. “Eles constroem sonhos e muitas vezes não tem se quer a casa própria, por conta do baixo salário.”

Conta que o governo poderia incentivar e melhorar a situação de tais profissionais, para que eles tenham a vontade de se profissionalizar e então teríamos profissionais à altura da demanda.

Como dica para que esse tipo de acidente indesejado não aconteça, José Abelha, recomenda que vá em busca de profissionais qualificados, ao invés de fechar o serviço com quem oferece baixos orçamentos. “Faça um contrato de trabalho, para que no final, tudo aquilo que se foi combinado sejam respeitadas de ambos os lados”.

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