Pandemia e alta do dólar encolheram mercado do cigarro contrabandeado no Brasil
A economia ilegal foi impactada pelo isolamento social decorrente da covid-19. Segundo levantamento da Kantar Worldpanel, que apresenta a média móvel dos últimos 3 meses da participação do mercado ilegal, ao final do oitavo mês deste ano, o mercado ilícito de cigarros recuou 6 pontos percentuais em relação a 2019, passando de 57% em dezembro […]
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A economia ilegal foi impactada pelo isolamento social decorrente da covid-19. Segundo levantamento da Kantar Worldpanel, que apresenta a média móvel dos últimos 3 meses da participação do mercado ilegal, ao final do oitavo mês deste ano, o mercado ilícito de cigarros recuou 6 pontos percentuais em relação a 2019, passando de 57% em dezembro 2019 para 51% em agosto do 2020.
Este é o resultado de uma combinação atípica e pontual, que envolve: medidas de isolamento social no Brasil e no Paraguai, o fechamento parcial de fronteiras no Brasil, o fechamento temporário de fábricas de cigarros no Paraguai, bem como a alta do dólar, que valorizou 4,7% no segundo trimestre e 35,6% no primeiro semestre. Assim, os preços do maço do cigarro ilegal atingiram R$ 4,29 em agosto passado, conforme apontou a Kantar Wordpanel. Em 2019, o preço médio do maço do cigarro ilegal era de R$ 3,44, conforme dados do Ibope.
A diminuição de cigarros do crime tem relação direta com o enfrentamento do novo coronavírus no Brasil e também no Paraguai, de onde procede a maior parte dos cigarros contrabandeados para cá. Com fronteiras parcialmente fechadas, por quase 7 meses, houve um expressivo aumento das apreensões – resultado de um contínuo esforço do efetivo das forças de segurança na região, atuando também como barreira sanitária. Somente o Programa Nacional de Segurança das Fronteiras e Divisas (VIGIA) do Ministério da Justiça e Segurança Pública registrou um volume de cigarros do crime apreendidos na ordem de 969 milhões de cigarros até julho 2020, um aumento de 80% em comparação com os últimos 7 meses de 2019 (junho a dezembro 2019).
A disponibilidade de oferta do produto do crime também foi afetada pelas medidas de isolamento social, que deixaram as ruas mais vazias e o comércio formal fechado. Segundo pesquisa do Ibope, 87% das vendas de cigarros ilícitos acontece no varejo formal, como bares, mercearias e padarias, e 9% acontece no canal informal. Com o crime organizado mais vigiado, a circulação do cigarro do crime no Brasil também foi afetada. O volume de cigarros ilegais apreendidos pela Polícia Rodoviária Federal de janeiro a julho deste ano aumentou 140% em relação ao mesmo período do ano passado. Foram 1,395 bilhões de cigarros, contra 582 milhões em 2019. Desde 2015 o Brasil não vê o contrabando diminuir.
Segundo Edson Vismona, presidente do Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade, esses dados são reveladores da dedicação e do trabalho integrado das forças policiais. “Com certeza devemos continuar essas ações, pois com a retomada das diferentes rotinas no país, abertura dos comércios e, em algum momento, das fronteiras, o crime organizado irá procurar ampliar sua atuação e intensificar a oferta do produto ilegal”, aponta. “Por ser um fenômeno econômico criminoso, ao lado da repressão à oferta do cigarro do crime é importante avaliar as medidas que diminuam a demanda, tornando o produto menos atrativo para o fumante, atacando o mercado ilegal de cigarros nas duas frentes”, afirma Vismona. (Informações da assessoria)
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