Denúncia de funcionários da empresa Fibra Segurança MS, que atua na área de segurança e vigilância patrimonial, revela que além de 13º , trabalhadores são submetidos a desvio de função – quando a atividade desempenhada é diferente do que está registrado em carteira.

Em relação ao 13º salário, o prazo para pagamento da primeira parcela venceu em 30 de novembro de 2019. Já a segunda metade deveria ter sido paga até o dia 20 de dezembro do mesmo ano – nenhuma das duas chegou a ser paga. Sem o salário extra, funcionários precisaram contar com a ajuda de familiares e amigos até mesmo para itens básicos, como produtos de higiene pessoal.

“Estamos reclamando do pagamento do 13° que ainda não foi feito. E na nossa carteira de trabalho consta que sou contratado como vigia, mas fui trocado de posto e passei a desempenhar a função de segurança e vigilante. Passei a desempenhar serviços de segurança, realizando rondas, controle de funcionários, somos até cobrados se alguma coisa foi roubada”, relata um dos funcionários.

Além disso, trabalhadores teriam recebido informações das empresas de que as obrigações financeiras contratuais foram honradas, o que não justificaria o atraso. “Eles [as contratantes] informaram que realizaram o pagamento à empresa. Não temos do que reclamar, mas a firma não nos repassou”, relata.

Desvio de função

Para exercer a função de vigilante e de segurança particular, além de uma qualificação específica por parte dos empregados, a empresa deve portar alvará de funcionamento junto à Polícia Federal, conforme o presidente da Seesvig, Celso Adriano Gomes da Rocha. Segundo a Seesvig, este não seria o caso da Fibra Segurança MS.

“Nós temos a informação de que essa empresa não é legalizada. Contrata vigias e porteiros para atuarem como seguranças e . Em relação ao atraso no pagamento do 13°, a Seesvig nada pode fazer, pois, como esses funcionários são contratados como vigias, estão fora da nossa área de representação”, disse ao Jornal Midiamax.

Por telefone, o proprietário da Fibra Segurança MS informou que um dos clientes atendidos pela empresa atrasou o pagamento, não possibilitando o repasse antes do prazo previsto por lei. Ele também destacou que o pagamento foi depositado nesta sexta-feira (3), mas extratos bancários de funcionários indicam que, até a publicação da matéria, os valores ainda não estavam disponíveis.

Posteriormente ao primeiro contato, a reportagem questionou acerca da denúncia de que a empresa estaria, supostamente, agindo de forma clandestina, contratando vigias e porteiros como vigilantes e seguranças. Acerca disso, o proprietário afirmou que a denúncia não é procedente.

“Quanto a denúncia de desvio de função, esta não se sustenta pois acredito veementemente que nenhum deles disse isso, pois é muito bem explicado a função de vigia, de não haver ostensividade, combate, de me ligarem em casos de ocorrências, que o nosso foco é dos locais, anotação e relato das alterações, controle de acesso, assim é explicado que eles não são vigilantes apesar de terem o curso de vigilantes, contratamos pessoas com o curso pela formação de excelência que o curso dá, pela abrangência do curso e pela similaridade com a função de vigia, contudo as profissões não se confundem. Contratamos vigilantes formados principalmente porque é só o que aparece aqui, temos caixas com currículos de vigilantes desempregados”.

“A Fibra jamais teve alvará junto a Policia Federal por opção, devido ao custo e responsabilidade de se manter uma arma neste país, assim exercemos a profissão de vigia, portarias e prestação de serviços terceirizados e nosso sindicato é o STEAC e não a concorrência SEESVIG, a SEESVIG jamais terá interesse na continuidade da profissão de vigia na cidade de por ser uma profissão mais barata de ser mantida e por ter um nicho de mercado, como clientes que preferem um sistema de alarme unido a profissionais da área de vigia para baratear custos”, respondeu.

Matéria editada para acréscimo de posicionamento.