A pandemia do () deixou ainda mais clara a desigualdade social, não só em Mato Grosso do Sul, como em todo País. Até quem já trabalha com doações, diz nunca ter visto tanta necessidade como nesses tempos de isolamento social.

“Nós nunca vimos, mesmo atendendo há algum tempo famílias em e região, tamanha necessidade como nesse tempo de pandemia do coronavírus”, afirma o presidente da ONG Obstinados por Sorrisos, soldado da Polícia Militar Marcelo Goes.

A organização existe há 3 anos e atende aproximadamente 30 mil famílias da Capital e cidades vizinhas, arrecadando alimentos e montando cestas básicas para entregar a pessoas que estão em situação de extrema vulnerabilidade.

A fome tem pressa: para voluntários, pandemia deixou ainda mais vulneráveis as favelas
Divulgação | Obstinados por Sorrisos

“Nesse período de quarentena já ajudamos aproximadamente 185 famílias. Não tem nada pior que a fome. A fome amarga a vida da gente. É de cortar o coração um pai ver o filho não ter um pão quando o filho pede. Nós temos visto e ouvido situações extremamente tristes de pessoas que realmente precisam de ajuda e não dá para ficar parado”, desabafou.

Também na intenção de ajudar quem precisa, a CUFA MS (Central Única das Favelas de Mato Grosso do Sul) faz parte da campanha nacional ‘Mães da Favela”, junto com o grupo Slam Camélias, que surgiu justamente por conta da pandemia.

A campanha arrecada dinheiro para conseguir dar uma ajuda de custo de R$ 120 para mães que passam por dificuldades, durante dois meses, além de alimentos para montar cestas básicas.

A fome tem pressa: para voluntários, pandemia deixou ainda mais vulneráveis as favelas
Voluntários da Cufa na favela Cidade de Deus.
Duka Fotos / Cufa-MS

Em Campo Grande serão beneficiadas 200 mulheres a grande parte possui mais de um filho, aumentando a necessidade de auxílio. “Muitas pessoas, principalmente mães, nesses lugares as chefes de família são as mulheres. Muitas mães solos, então percebemos que muitas ficaram desempregadas ou impossibilitadas de trabalhar, não estão recebendo o valor que deveriam receber”, explicou a coordenadora da Cufa Lívia Lopes.

“Nós sabemos que o dinheiro é pouco, por isso estamos arrecadando alimentos também para dar um alivio nesse momento de pandemia. Estamos buscando parceria e apoio de pessoas que nos ajudem a contemplar as famílias das favelas de Campo Grande. A fome tem pressa”, disse.

Onde ajudar?

Além das Cufa-MS e da Ong Obstinados por Sorrisos, outras campanhas de foram criadas em Campo Grande. O Jornal Midiamax fez uma lista com algumas delas e para quem se interessar é só entrar em contato e colaborar. As arrecadações vão de alimentos, dinheiro, agasalhos, materiais de higiene, máscaras e tempo para ajudar no trabalho voluntário.

A fome tem pressa: para voluntários, pandemia deixou ainda mais vulneráveis as favelas
Tayana Vaz | Jornal Midiamax

Cufa-MS – doações de verba e alimentos podem ser feitas pelo site www.maesdafavela.com.br ou através do telefone (67)99208-5043;

Obstinados por Sorrisos –  doações de alimentos podem ser entregues na rua Ibis, 357 no ou pelo telefone (67) 99237-2525 Cassimiro;

TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) – doação de itens de higiene e agasalhos podem ser feitas no site www.tjms.jus.br/pacijus ou através do telefone (67) 99163-1600;

Cedesa ( de Desenvolvimento Social Ágape) – agasalhos e alimentos podem ser feitas pelo telefone (67) 99961-9337;

Para ajudar as famílias na favela José Teruel Filho – agasalhos, cobertas e alimentos podem ser doados pelos telefones (67) 99325-0652 – Adriana, 99105-4312 – Luciano e 98181-9025 – Luciane.