Com aproximadamente dois meses à frente da (Secretaria Municipal de Saúde Pública), o médico José Mauro Filho já busca formas para implantar suas ideias na pasta, revendo contratos com hospitais e propondo uma flexibilização do trabalho dos em Campo Grande.

“Desde que houve aquela questão de colocar pontos eletrônicos para os médicos, houve uma evasão de 110 médicos da rede pública”, revela Mauro Filho, ao explicar o porquê de buscar a flexibilização do serviço.

A proposta do chefe da pasta é que a relação contratual entre prefeitura e médicos passe a levar em consideração a produção dos mesmos, com definição de metas quantitativas e qualitativas, ao invés de horas de trabalho.

“Isso surgiu de entendimentos entre o sindicato dos médicos e o Ministério Público, e foi encaminhado ao juiz. Ele apontou que para isso ser feito, precisaria da aprovação de um projeto na Câmara Municipal. Já passei isso para o conselho e estamos terminando o projeto, para o prefeito encaminhar aos vereadores”, frisa Filho.

O secretário ainda destaca que a intenção é buscar profissionais em todas especialidades, especialmente as que são mais raras atrair médicos. “Hoje não podemos contratar quem queremos”, diz, revelando que são os médicos que escolhem onde trabalhar. “Fluxo invertido”, finaliza.

Revisão de contratos

Quanto a revisão de contratos firmados com hospitais que atendem pela rede pública de Campo Grande, o chefe da Sesau indica que vai ter um olhar diferente. “Precisamos fechar contratos que atendam ao que o município precisa, não de acordo com o que o quer. Hoje temos essa dificuldade”.

José Mauro Filho ainda conta que, logo, vai fomentar conversas para estudar a construção de um hospital gerido pela própria prefeitura. Projeto antigo e que já foi engavetado várias vezes, a intenção é reduzir a dependência do sistema público dos contratos firmados com unidades não-públicas.