Relatório da Sala de Situação Integrada, divulgado nesta terça-feira (10) pela Cedec (Coordenadoria de Defesa Civil de Mato Grosso do Sul), aponta que mais de 1 milhão de hectares de vegetação foi destruída pelas queimadas no Estado, no período de 1º de agosto a nove de setembro deste ano. Os focos de calor continuam intensos, devido a prolongada estiagem, com maior concentração no Pantanal e na Serra da Bodoquena.

Sem previsão de chuvas para os próximos 15 dias, a Defesa Civil lançou um alerta de onda de calor para todo o Estado e avalia a recomendação de situação de emergência em algumas regiões, cuja medida, decretada pelo município, poderá garantir ajuda financeira do governo federal para combate aos incêndios florestais. O coordenador da Cedec, tenente-coronel Fábio Catarinelli, informou que uma situação de emergência pode ter o apoio de aeronaves.

O volume de área acumulada queimada pelo fogo nos últimos 40 dias foi divulgado pelo Ibama (Instituto do e dos Recursos Naturais Renováveis), que coordenada o Programa PrevFogo, por meio de um gráfico de estimativa, totalizando 1.027.041,20 hectares. No período, foram registrados 3.304 focos, sendo a maioria no Pantanal, entre os municípios de Corumbá, Aquidauana e Porto Murtinho. Nas últimas 48 horas, foram 397 focos nesta região.

“A Sala de Situação continua monitorando todo o Estado, atualizando dados e atuando em alerta permanente com os demais órgãos envolvidos e os municípios, com emprego e remanejando de equipes do em apoio ao PrevFogo”, informou Catarinelli.

A Sala de Situação Integrada, da qual participam vários órgãos de segurança e ambientais, dentre os quais a Semagro (secretaria estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Familiar) volta a se reunir na próxima sexta-feira (13). O último boletim divulgado reforça o alerta de onda de calor, com previsão de temperatura 5% acima da média para esta semana na maioria dos municípios.

As ações de combate das brigadas do PrevFogo, com o apoio do Corpo de Bombeiros, se concentram nas aldeias São João e Alves de Barros, na Reserva Indígena Kadiwéu (Serra da Bodoquena), com 30 homens, e no Porto Morrinho, Passo do Lontra, margens da BR-262 e Estrada-Parque (Corumbá), também com 30 brigadistas. Com o apoio de uma equipe de Brasília, as brigadas indígenas de Aquidauana atuam em incêndios nas aldeias Limão Verde, Ipegue e Taunay.

(com informações do governo de MS)