Presidente da Comissão de Transporte diz que Câmara sempre foi ignorada por Consórcio

O vereador Júnior Longo (PSB), que é presidente da Comissão do Transporte da Câmara Municipal, afirmou nesta segunda-feira (3) que apesar de ter entrado em contato várias vezes com o Consórcio Guaicurus para resolver problemas no transporte público, a única vez que eles tomaram uma atitude foi a partir da multa de R$ 2,7 milhões […]

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Vereador Júnior Longo durante sessão da Câmara Municipal. (Foto: Izaías Medeiros/CMCG)
Vereador Júnior Longo durante sessão da Câmara Municipal. (Foto: Izaías Medeiros/CMCG)

O vereador Júnior Longo (PSB), que é presidente da Comissão do Transporte da Câmara Municipal, afirmou nesta segunda-feira (3) que apesar de ter entrado em contato várias vezes com o Consórcio Guaicurus para resolver problemas no transporte público, a única vez que eles tomaram uma atitude foi a partir da multa de R$ 2,7 milhões aplicada pela Agereg (Agência de Regulação dos Serviços Públicos).

De acordo com o vereador, a Câmara, tanto por meio da Comissão como por meio de outros vereadores, já encaminharam diversos ofícios ao Consórcio solicitando melhoria nos ônibus, diminuição no intervalo entre um carro e outro, principalmente nos bairros, superlotação, entre outras coisas, porém, nenhum pedido havia sido atendido.

“Eles falavam que não tinham condições nenhuma de comprar os ônibus, foi só a Agereg fazer uma pressão, aplicar uma multa, que eles conseguem. Então dá a entender que o que funciona mesmo é a gente cada vez mais apertar o cerco para eles poderem cumprir o que o contrato manda. Achar que eles vão cumprir por vontade própria eu estou vendo que não. Enquanto estava só na notificação, na cobrança, mas sem mexer no bolso, sempre não dá, mas a hora que você põe uma penalidade a coisa anda”, declarou o parlamentar.

No total, estão em circulação 550 ônibus e 57 na reserva, desses, pelo menos estão 48 vencidos e 80 prestes a vencer. Por conta dessa situação, no início de maio a Agência deu o prazo de 15 dias para que o Consórcio renovasse a frota, sob a pena de multa por desobediência ao contrato, no valor de R$ 2,7 milhões.

“Entendo que para o Consórcio está complicado, está cada dia mais perdendo usuários, precisamos investir em infraestrutura, mas precisa melhorar a qualidade, não adianta só jogar no poder público, falar que temos que tomar medidas para melhorar o transporte público, mas ele tem que oferecer qualidade para o usuário. Hoje há uma concorrência, tem Uber, tem Táxi, tem Mototáxi, N possibilidades para as pessoas usarem como transporte, e eles tem que entender que eles têm que ganhar mercado, melhorar o serviço e ganhar cliente”, disse Longo.

Volta atrás

Depois disso o Consórcio apresentou um ofício para comprovar a compra de 55 novos carros, que chegariam a Campo Grande em 90 dias, entretanto, o prefeito Marquinhos Trad (PSD) afirmou que os ônibus devem chegar apenas em outubro.

Na sexta-feira (31) a Marcopolo, empresa responsável pela carroceria dos novos carros, havia informado que a compra ainda não estava fechada, apenas “conversada”, entretanto, horas depois, ela voltou atrás e declarou que a compra apenas não havia sido “lançada no sistema”.

“Sem essas configurações técnicas, tais como cores e revestimentos internos, prefixos de frota e esquema de pintura detalhado, entre outros, os veículos não entram na ordem de produção da fábrica e, então, não são lançados no sistema, o que gerou o desencontro na informação passada nesta manhã de sexta-feira (31/05) pelo assessor de imprensa da fabricante”, dizia nota da empresa.

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