Pular para o conteúdo
Cotidiano

Minerworld nega criação de nova plataforma e acusa imprensa de sensacionalismo

O fim do recesso do Poder Judiciário trouxe novidades nos autos da ação que investiga a empresa Minerworld por crime contra a economia popular. No último domingo (6), a defesa da empresa peticionou manifestação na qual considera sensacionalista informações noticiadas em jornais locais sobre a reaparição de Cícero Saad. Na peça, a defesa de Saad […]
Arquivo -

O fim do recesso do Poder Judiciário trouxe novidades nos autos da ação que investiga a empresa por crime contra a economia popular. No último domingo (6), a defesa da empresa peticionou manifestação na qual considera sensacionalista informações noticiadas em jornais locais sobre a reaparição de Cícero Saad.

Na peça, a defesa de Saad afirma que o vídeo que circulou entre associados teve o objetivo de trazer novas informações a respeito da ação, “bem como, informar a respeito do trabalho realizado no sentido de encontrar parceiros comerciais que aceitem receber a criptomoeda Mcash como parte de pagamento de eventuais produtos e serviços ofertados por estes parceiros”.

Todavia, a defesa alega que tão logo o vídeo foi publicado, jornais de MS repercutiram o fato “com títulos sensacionalistas que distorciam completamente as informações dadas no referido vídeo” e que teriam dado a entender que Saad estaria iniciando nova empresa.

De fato, Saad não destaca que a exchange seja novidade. Inclusive, a plataforma foi criada em 2 de março de 2018, cerca de um mês antes da operação Lucro Fácil ser deflagrada. Porém, no vídeo, o empresário reforça que está “trabalhando há meses gerando um sistema” para que clientes possam tirar as criptomoedas da Miner.360 para o site m360.exchange. Ou seja, na prática, o sistema de exchange da Mcash não estaria, ainda, funcional.

A peça também destaca que a orientação, no caso, seria para que clientes que possuem Mcash no site miner360.info soubessem que podem fazer transferência para carteira digital na exchange m360.exchange, na qual poderiam utilizar com eventuais parceiros.

Segundo a defesa, o vídeo que traz Cícero Saad não teria o objetivo de obter qualquer ganho, mas de fomentar um mercado para utilização da criptomoeda da Minerworld por meio de “parceiros comerciais que aceitem receber parte do pagamento de determinados produtos e serviços em Mcash, objetivando fortalecer o mercado desta criptomoeda”.

Sem valor

A Mcash foi anunciada pela empresa no fim de 2017 e lançada mundialmente em março de 2018 – um mês antes da deflagração da Lucro Fácil – em Zurique, na Suíça. A proposta da empresa era que a criptomoeda tenha seu próprio exchange e carteira digital, ou seja, o MCash poderia ser comprado ou vendido em um aplicativo, aos moldes do Bitcoin, e utilizado como dinheiro em transações comerciais.

Minerworld nega criação de nova plataforma e acusa imprensa de sensacionalismo
Criptomoeda foi considerada polêmica e “sem valor” quando lançada, em março de 2018 (Foto: Divulgação | Minerworld)

O projeto foi considerado polêmico, pois além de não haver divulgação acerca da segurança dos códigos da Mcash, a estratégia também é apontada por especialistas como possível tentativa de SCAM, ou seja, um golpe virtual no qual usuários investem dinheiro na esperança de grandes lucros.

O que também alimentou desconfiança foi o valor atribuído à criptomoeda: US$ 100 milhões, divididos em 1 bilhão de unidades. Outro ponto importante é de que não há garantia de que o código da criptomoeda seja seguro e à prova de fraudes virtuais. Em terceiro, por que uma moeda que não desperta, ainda, o interesse de nenhum mercado (a não ser dos próprios associados da Minerworld) teria valor?

Na época, a empresa declarou ao Jornal Midiamax que “ao todo, foi emitido 1 bilhão de MCash, de forma controlada, assim como outros criptoativos”. Segundo a Minerworld, desse total, 40% seriam distribuídos como forma de recompensa por venda de terahash nosso sistema do Miner360; dez porcento seria uma reserva da empresa e outros 10% reservados para mercados futuros, em 2020. “Os 40% restantes serão liberados para mineração a partir de 2019”, trouxe nota enviada à reportagem.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

VÍDEO: Motociclista atirou 11 vezes antes de fugir em alta velocidade após emboscada

59% apoiam operação da PF contra Jair Bolsonaro e 41% criticam, mostra Quaest

Zezé di Camargo volta a desafinar em show e divide opiniões: ‘Hora de parar’

Manifestantes pedem por revitalização do Horto Florestal em Campo Grande

Notícias mais lidas agora

bolsonaro

‘Hora de colocar a cara’: políticos de direita se manifestam sobre ato pró-Bolsonaro em MS

Interdição em macroanel pega motoristas de surpresa na BR-163 em Campo Grande

Governo dos Estados Unidos revoga vistos de Moraes e mais 7 ministros do STF

A caminho do trabalho, jovem morre ao ser arrastado por carro em Três Lagoas

Últimas Notícias

Cotidiano

Içamento de vigas é concluído com antecedência e trânsito na BR-163 liberado

Finalização das bras estavam previstas para o domingo (20)

MidiaMAIS

‘Emoção muito forte’: professores de Artes se emocionam ao relembrar de veterano da UFMS que faleceu na pandemia

A lembrança do veterano ocorreu durante a comemoração aos 40 anos do curso de Arte da UFMS

Famosos

Belo abandona o loiro e faz mudança radical para novela da Globo: ‘Envelheceu’

Belo pegou os fãs de surpresa ao compartilhar o resultado de uma mudança radical no visual; novo cabelo do cantor dividiu opiniões

Política

‘Hora de colocar a cara’: políticos de direita se manifestam sobre ato pró-Bolsonaro em MS

PL deve se reunir na próxima semana para definir detalhes de protestos