Os servidores de órgãos estaduais reclamam da falta de fornecimento de materiais de limpeza pela empresa Prestadora de Serviços de Conservação e Asseio. A empresa terceirizada é alvo de constantes reclamações e agora recebeu um ‘ultimato' do Governo do Estado para regularizar a situação.

Governo dá prazo para Vyga pagar funcionários e fornecer de materiais de limpeza
nega que comunicado tenha sido emitido aos funcionários. (Foto: WhatsApp Midiamax)

De acordo com o Governo, na última terça-feira (4), foi realizada uma reunião e a empresa tem até o fim do mês para regularizar o fornecimento de materiais de limpeza e o pagamento dos funcionários terceirizados. Um comunicado, que supostamente seria destinado aos funcionários da Sedhast (Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho) diz que a empresa Vyga teria seu contrato encerrado em junho. “Sobre o contrato com a Vyga, somente após o seu encerramento é que o Governo do Estado poderá se manifestar sobre o que será feito”, afirmou.

O documento enviado por uma funcionária da CASC (Casa da Assistência Social e da Cidadania) pede a colaboração dos funcionários para a limpeza do prédio. “Cada sala ficará responsável pelo material de limpeza do seu setor, caso contrário o ambiente de trabalho será limpo apenas com água”, diz o documento.

Entretanto, o Governo nega a existência de tal comunicado. “A Sedhast desconhece tal documento e informa que tal procedimento não foi adotado pela Secretaria”.

Denúncias contra a Vyga

A empresa vem sendo alvo de denúncia dos trabalhadores há anos, quando pelo menos 160 empregados, entre eles deficientes, da cidade de Três Lagoas, distante a 338 quilômetros de , já acusaram a Vyga de não realizar o pagamento referente aos salários, tickets, férias e 13°.

De acordo com o MPT-MS (Ministério Público do Trabalho), as denúncias são sempre as mesmas, referentes a concessão de férias, ausência de pagamento de salários, 13º salário, ticket alimentação, ausência de realização de exames, e falta de equipamentos de proteção individuais fornecidos aos empregados não serem compatíveis com as atividades laboradas.

No ano de 2013, conforme explica o MPT-MS, a empresa já havia sido alvo de denúncias semelhantes aos casos citados acima pela reportagem. Naquele ano, a empresa teria assinado um TAC (Termo de Ajuste de Conduta), porém, em 2016 um dos itens elaborados pelo ministério foi descumprido, o que ocasionou em multa para a empresa.