O golpe do falso sequestro voltou à ‘moda' em Mato Grosso do Sul e já foram cinco casos entre os meses de março a junho em , de acordo com a (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos). O golpe costuma ser direcionado para pessoas idosas, que acreditam que o golpista ao telefone é um ente familiar sequestrado.

O delegado titular da Derf, Reginaldo Salomão, explica que o golpe consiste em passar uma grande quantidade de informações desagradáveis pelo telefone, de forma que a pessoa fique confusa. No geral, a voz costuma ser feminina e pede socorro. Como os idosos são os principais alvos, eles costumam acreditar que é uma pessoa da família e seguem as orientações do criminoso.

Para evitar cair na armação, o delegado orienta que as pessoas tenham sempre um canal de comunicação com os familiares e que usem pequenas ‘senhas' para ter certeza que estão falando com a pessoa certa. A senha pode ser uma saudação combinada, como ‘bença mãe', assim, é possível evitar a dúvida.

Criminosos voltam a usar golpe do falso sequestro e delegado alerta para cuidados
Delegado Reginaldo Salomão explica como evitar golpes. (Foto: Arquivo Midiamax)

Os golpistas ainda costumam exigir que a vítima rasque o comprovante do depósito, para dificultar a investigação. “Ao entrar na lotérica, pegue outros papeis, como volantes de jogos, e rasgue no lugar do comprovante se acreditar que está sendo seguida”, orienta o delegado Salomão.

Outras dicas importantes são nunca informar onde está, nome de parentes e sempre perguntar quem é e por que quer saber. No primeiro contato com o golpista, trate o ‘falso filho' por outro nome, se a pessoa confirmar, é possível ter certeza de que é um golpe. “Sempre exija prova de que aquela pessoa é mesmo quem diz ser, perguntando sobre algo bem pessoal, roupa, nome da madrinha, data especial, cicatriz”, recomenda.

Também é importante comunicar uma outra pessoa, para que ela tente entrar em contato com a vítima sequestrada e verificar o fato. Avise imediatamente a polícia, muitas vezes é possível bloquear a conta corrente e recuperar o dinheiro repassado aos criminosos.

O delegado ainda orienta a negociar para ganhar tempo, já que na maioria das vezes o criminoso já está preso e tem dificuldade em responder. No geral, a dica principal é ganhar tempo até confirmar que ninguém da família foi sequestrado.