Consórcio e Sindicato não aparecem em reunião sobre salário e revoltam motoristas de ônibus
Os motoristas de ônibus se manifestaram na manhã desta segunda-feira (2) depois que o STTCU (Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo Urbano de Campo Grande) e o Consórcio Guaicurus não compareceram para negociação salarial. Cerca de 40 motoristas se reuniram em frente ao Sest Senat, endereço marcado para a negociação. Herivelto Moises, diretor do Sest […]
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Os motoristas de ônibus se manifestaram na manhã desta segunda-feira (2) depois que o STTCU (Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo Urbano de Campo Grande) e o Consórcio Guaicurus não compareceram para negociação salarial. Cerca de 40 motoristas se reuniram em frente ao Sest Senat, endereço marcado para a negociação.
Herivelto Moises, diretor do Sest Senat (Serviço Social do Transporte – Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte), disse que não houve justificativa para cancelar a reunião. Diversos motoristas compareceram ao local com suas famílias e foram frustrados com o cancelamento da negociação. Em protestos, eles colocaram faixas na boca, para representar que estão sendo silenciados pela empresa.
Motorista do Consórcio há 15 anos, Fernando Cassiano de Sá disse que com ajuda de colegas de trabalho, montaram um grupo de WhatsApp para discutir seus direitos. Ele afirma que a categoria não concorda com o que o Consórcio propôs nas negociações até agora.
“Nas negociações que foram feitas, em nenhuma a gente ganha, só perde. Eles querem nos tirar da participação dos lucros e só querem dar um aumento de 2,55% nos salários. Queremos mais, ficamos dois anos sem reajuste”, diz.
Os motoristas reclamam que não têm voz na negociação salarial. Segundo eles, o sindicato está mais ao lado do Consórcio do que dos trabalhadores. Uma prova disso seria a ausência do sindicato na manifestação.
Thiago da Silva também é motorista e afirma que o sindicato não propõe nada e ainda quer impor questões que a categoria não aceita. “Toda a rede de negociação é formada por pessoas que o próprio sindicato escolhe, por isso nos reunimos aqui para reivindicar e representar quem não pode vir porque está trabalhando”.
Os trabalhadores contam que a rotina na direção de um ônibus não é fácil e que chegam a trabalhar por 12 horas no fim de semana, ficando sem tempo para a família. Um outro funcionário, que não se identificou, disse à reportagem que esta foi a primeira manifestação dos motoristas.
“Na primeira tentativa de manifestação, houve repressão. Dizem que vão nos demitir, fazem uma perseguição trabalhista. Depois dessa mobilização, pode ter certeza que sofreremos consequências, como trabalhar o dia inteiro”.
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