Um morador do bairro Vila Taveirópolis amanheceu com uma surpresa nada agradável nesta terça-feira (26) em . Com a rua repleta de panfletos, o morador recebeu um recado bastante claro: não é querido pela vizinhança.  Com os dizeres “Morador indesejável da avenida Tiradentes”, o investigador de polícia teve seu nome publicado em centenas de folhas espalhadas pela rua com um verdadeiro relatório de processos que esteve envolvido na justiça.

No papel, que foi espalhado por dois quarteirões, os moradores afirmam que não querem o investigador como vizinho e que presenciaram diversos policiais armados cercando a casa dele. Com isso, surgiu uma desconfiança e os moradores começaram uma verdadeira investigação. O panfleto lista uma série de processos na justiça em que o investigador está envolvido, inclusive com o número de cada processo.

Na ficha levantada pelos moradores, há acusações de roubo e tortura, extorsão, estupro, abuso de autoridade, improbidade administrativa e esbulho possessório. O investigador de polícia prefere não se identificar, mas acredita que tudo começou com uma briga com um vizinho por conta de três metros de terreno. Ele é acusado por ter ‘roubado' um pedaço do terreno.

Ele afirma que não sabe de onde saíram tantas difamações e conta que acordou surpreso. “Eu fui absolvido em um desses processos, as pessoas precisam checar as informações antes de sair divulgando”, diz. O morador vê o caso como difamação e explica que já registrou um boletim de ocorrência.

Nos panfletos, os moradores afirmam que o investigador foi funcionário do vereador Delegado Wellington (PSDB), mas tanto o investigador quanto o próprio vereador afirmam que ele foi apenas um cabo eleitoral. “Ele trabalhou comigo na campanha. Isso pode ser verificado através do Tribunal Regional Eleitoral. Todos esses problemas citados estão judicializados, então não cabe a mim nem a ninguém julgar. Isso é uma grande injustiça que está sendo feita com o cidadão. Não podem usar o anonimato como está sendo feito de forma covarde”.

O vereador conta que orientou o investigador a registrar B.O e diz que espera que a polícia identifique quem fez a exposição. “Ele trabalhou comigo na Polícia Civil. Nunca tive problema com ele, sempre foi muito leal e decente. Os problemas que eles tiveram aí isso diz respeito a ele e a assessoria jurídica dele”.