Assessoria

Dando continuidade as ações do Programa Nacional de Erradicação da (PNEFA) o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) anunciou essa semana a redução da dose da vacina contra aftosa que valerá a partir de maio.

Com a mudança de 5 ml para 2 ml, a expectativa é de que diminuam as ocorrências de reação nos animais.

Conforme explicou o Diretor Presidente da Iagro, Luciano Chiochetta, logo na primeira etapa da vacinação deste ano, ou seja, a partir de maio, a dose da vacina contra a febre aftosa será reduzida de 5 ml para 2 ml em Mato Grosso do Sul e na maioria dos outros Estados.

Segundo ele a redução da dosagem, pode resultar na diminuição das reações nos animais (caroços, inchaço). “E tem outra coisa, os frascos serão menores, vão ocupar menos espaço para transporte, armazenamento e é claro no gasto com a refrigeração”.

Com relação aos estoques Luciano comentou ainda que o próprio ministério já verificou e se certificou de que os laboratórios produtores possuem quantidade suficiente do novo produto para atender à demanda dos criadores, em todo País.

Sobre o trabalho em Mato Grosso do Sul para transição do status sanitário, de livre da febre aftosa com vacinação para livre sem vacinação, Luciano comentou que os projetos que visam a reformulação de todo serviço de defesa, como adequação do quadro de pessoal e capacitação dos servidores, reestruturação das unidades regionais e locais, frota de veículos, e a ampliação e melhoramento da eficácia do sistema de vigilância com maior presença de fiscais no campo, está em fase de finalização e deve começar a ser colocado em pratica ainda este semestre.

Um decreto que regulamenta o grupo de emergência sanitária foi publicado e a Reserva Financeira para as Ações de Defesa Sanitária Animal, a Refasa, readequada para que além ações emergenciais essa espécie de fundo possa ser utilizada em outras diversas ações de defesa sanitária. A Refasa é abastecida por duas fontes principais: 35% dos recursos da reserva vêm de valores arrecadados pela Iagro na cobrança de taxas relativas às autorizações concedidas para o abate de aves, bovinos, bubalinos e suínos, entre outros animais. Outros 35% vêm da contribuição obtida dos produtores que participam do Proape (Programa de Apoio à Pecuária), e também de seus subprogramas, sendo o principal o Precoce MS. O restante dos recursos da reserva vem das outras fontes.

A vacina

Sobre as doses de vacina a orientação é que elas sejam adquiridas somente em lojas registradas. Que se verifique se estão na temperatura correta: entre 2° C e 8° C e para transportá-las, seja utilizada uma caixa térmica, com três partes de gelo para uma de vacina, lacrando-o ao final. A vacina deve ser mantida no gelo até o momento da aplicação.

A aplicação, deve ser realizada no horário em que a temperatura esteja mais amena com agulhas novas, adequadas e limpas. Durante a vacinação, a seringa e as vacinas devem ser mantidas na caixa térmica. O lugar correto de aplicação é a tábua do pescoço, podendo ser no músculo ou embaixo da pele. A aplicação deve ser realizada com calma.

O preenchimento da declaração de vacinação e entrega no serviço veterinário oficial, juntamente com a nota fiscal de compra das vacinas é obrigatório.

O Ministério preparou um manual para fiscalização do comércio de vacinas contra a febre aftosa, atualizando a publicação de 2005. A versão digital deste manual, contendo orientações aos Serviços Veterinários Estaduais e aos distribuidores sobre a qualidade exigida ao produto, deverá ser disponibilizada ainda esta semana.

Retirada da vacina até 2021

O Mapa dividiu o país em cinco blocos. Os primeiros estados a extinguirem a vacinação serão Acre e Rondônia em 2019 (bloco I). Em 2020 está prevista a retirada da vacina no Amazonas, Pará, Amapá e Roraima (bloco II) e de Alagoas, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte (bloco III). Em 2021 encerram a vacinação na Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Sergipe, São Paulo e o Tocantins (bloco IV), além de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina (Bloco V), esse último é o único estado considerado livre da febre aftosa sem vacinação.

Maiores informações e orientações pode ser obtidas nas unidades locais da Iagro nos municípios, na página da agencia na internet, ou pelo 0800-679120.