O processo de interiorização dos 112 imigrantes venezuelanos que desembarcaram na Capital na última quarta-feira (30) através da Operação Acolhida do Exército Brasileiro, está na fase final.

Por nota, a Cruz Vermelha de Mato Grosso do Sul, que recebeu os imigrantes no prédio da Seleta, informou que parte do grupo já foi encaminhada ao aeroporto. Conforme o presidente da organização, Tácito Nogueira, o processo de interiorização dos venezuelanos deve terminar na madrugada desta quarta-feira (5).

“Nesta terça-feira, 41 venezuelanos deixaram a Capital rumo à cidade destino, o restante sairá na madrugada de quarta. A ideia era que eles ficassem aqui por 1 dia apenas, mas como deu problema na emissão das passagens e sobrecarga de voos, aí acabou atrasando um pouco, nós já começamos a receber mensagens do pessoal avisando que chegou aos seus destinos, agradecendo a solidariedade do sul-mato-grossense”.

Diante do imprevisto na emissão das passagens e sobrecarga de voos, os venezuelanos ficaram quase uma semana na Capital. A Cruz Vermelha iniciou uma campanha de arrecadação de alimentos e kits de higiene.

“Houve muita doação de roupas, alimentos, as famílias que ficaram em Campo Grande, cada uma teve o suporte de 1 kit de alimentação para continuar aqui com, pelo menos, o mínimo de dignidade”, afirmou o presidente da Cruz Vermelha de Mato Grosso do Sul.

Operação Acolhida

Os venezuelanos foram transportado por meio de contrato de fretamento com a empresa aérea Sideral, na manhã da quarta-feira (30). Além de Campo Grande e Dourados, outros venezuelanos também serão interiorizados para mais sete destinos a partir de Campo Grande, recorrendo ao acordo de cooperação com as empresas aéreas Latam, Azul e Gol.

Esta é a segunda fase da Operação Acolhida, na qual houve o fretamento de aeronave. A operação visa aumentar o número de interiorizações de venezuelanos para as diversas cidades do Brasil. Até hoje, já foram realizadas mais de 21.000 interiorizações.

Ainda segundo o Ministério da Defesa, a operação é desempenhada pelas Forças Armadas brasileiras desde março do ano passado, nas cidades de Boa Vista e de Pacaraima. O foco da ação é a recepção, identificação e o acolhimento de venezuelanos.