Na última quarta-feira (12), uma fábrica clandestina de azeite foi fechada na zona leste de São Paulo, em São Paulo. Após tomar conhecimento da notícia, um leitor do Jornal Midiamax afirma ter comprado os produtos falsos em supermercados de Campo Grande.

De acordo com o tecnólogo em Radiologia, Kevin Juglielmo Coronel, 33 anos, ele recebeu um vídeo via aplicativo WhatsApp falando da fábrica, e foi em busca de mais informações, quando se deparou com uma reportagem que falava sobre o fechamento da fábrica na Vila Califórnia, em São Paulo.

Kevin se assustou, pois ainda nessa semana teria comprado os produtos que estariam vindo do local. “Estão sendo comercializados livremente em Campo Grande esses produtos. Estamos sendo envenenados. Os mercados precisam saber a procedência”, disse.

Segundo a reportagem do G1, no galpão onde eram fabricados os ‘falsos’ azeites foram encontrados vários lotes de garrafas já lacradas. Nas embalagens, a informação era de que o produto seria produzido em Portugal.

No processo de produção, eram usados óleo vegetal, aromatizantes e óleo lampante – produto altamente prejudicial à saúde. Ao todo foram apreendidos 40 mil litros de óleo vegetal e 15 mil de azeite falsificado já pronto para a distribuição.

Investigação

Ainda segundo o G1, os policiais chegaram até a fábrica clandestina depois de abordar um caminhão. O motorista disse que o azeite era fabricado em São Paulo, mas os investigadores viram que o rótulo indicava que o produto era feito em Portugal.

A polícia diz que as marcas usadas nas embalagens foram inventadas pelos falsificadores. “Eles criaram um rótulo aleatório, colocavam um nome que inventavam, provavelmente, e afixavam nas garrafas, sempre com o mesmo produto”, disse o delegado Milton Burgese de Oliveira.

O responsável pelo galpão, André Robson Martins Hernandes, foi preso em flagrante e vai responder pelo crime de falsificação e adulteração de produto alimentício.

O produto já foi encontrado em vários estados, e a polícia agora trabalha para identificar quem fazia a distribuição.

“Temos algumas informações de que até redes grandes de periferia estão vendendo esse tipo de mercadoria. Agora a corrida é contra o tempo para informar e demonstrar que eles foram enganados e caíram em um golpe ao comprar produto falsificado”, afirmou o delegado.

Em nota, a Polícia Civil disse que vai informar à vigilância sanitária sobre a fraude para que os agentes retirem os produtos de circulação.

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