Os vendedores ambulantes que são presença marcada nos cemitérios de todos os anos no feriado de , já se preparam para comercializar os arranjos e velas neste sábado (2). Apesar de afirmarem que movimentação de familiares diminuíram nos últimos anos, a expectativa é que vendas superem o esperado.

Ambulantes lamentam diminuição de parentes, mas se preparam para movimento nos cemitérios
Maria da Silva | Foto: Minamar Júnior

Ambulante no há mais de 10 anos, Maria da Silva, de 60 anos, disse que a preparação para o feriado começa 4 meses antes, pois como é artesã, ela que faz as flores para serem vendidas e, por isso, exige uma preparação maior.

Analisando a década como comerciante no local, Maria diz que a visitação dos familiares aos entes querido diminuíram com o passar dos anos. “O pessoal está deixando de vir, e a gente sente que diminuiu, mas espero que as vendas continuem boas”, disse.

Do outro lado da cidade, no Cemitério Santo Antônio, Vagner Costa, 45 anos, Maria Cristina de Souza Costa, 48 anos, são vendedores há 18 anos e também perceberam que a intensidade de moradores visitantes no cemitério, diminuiu. Além disso, disse que a falta de público é por conta da falta de ‘grana'.

“Como muita gente ainda não recebeu o salário, isso acaba comprometendo as vendas. “Esperamos vender tudo, mas diz que em todo Finados chove. Então se a gente não vender, é um investimento perdido”, disse Vagner.

Também comerciante, Vanda da Silva Queiroz, de 40 anos, está há 20 anos vendendo no ponto, comenta que a preparação para as vendas começa com três dias antes do feriado e confessou que a rotina dos ambulantes não é nada fácil. “Geralmente a gente não forme muito. Umas 3 horas por dia. São dias trabalhados e quase não dá para descansar”, disse.

Uma das coincidências entre os três vendedores é que todos vão chegar nos pontos de venda às 4h da manhã. O preço dos kits de homenagens custam entre R$ 20 e R$ 25.