A falta de assistência e de suporte do Consórcio Guaicurus com a dona de casa Maria da Assunção Oliveira, de 71 anos, atropelada no mês de setembro e que acabou perdendo uma das pernas, não deverá acarretar em qualquer punição ou autuação por parte da Agereg (Agência Municipal de Regulação de Serviços Públicos).

De acordo com o diretor-presidente da Agereg, Vinícius Leite Campos, “isso é um acidente de trânsito, a agência não tem nada a ver com isso”, entendendo que o órgão fiscalizador não intermediará qualquer conversa entre a família da idosa e o Consórcio Guaicurus. Vinicius ainda destacou que toda a situação compete somente a vítima e a empresa que gere o transporte público.

Procurada pela reportagem, a assessoria do Consórcio Guaicurus manteve a postura anterior, onde afirmou que não se manifestará sobre o caso.

Família

A filha da dona de casa, Kátia Maria de Oliveira Freitas, de 39 anos, explica que a mãe está internada no Hospital do Trauma, mas que precisa de um acompanhamento na fisioterapia. “Eles oferecem a fisioterapia, mas é o mínimo, não é o suficiente para o que ela precisa. Ela precisa de mais acompanhamento para poder se recuperar, ter equilíbrio, conseguir sentar”, explica a filha.

Mesmo após a repercussão do caso de Maria nesta terça-feira (1), a família não recebeu ajuda do Consórcio até agora. “A gente não conseguiu nada. Agora temos uma advogada que vai nos orientar e ajudar, mas para isso precisamos que minha mãe saia do hospital”. Enquanto o Consórcio não se manifesta, a família precisa de fisioterapeuta. Pode ajudar? Entre em contato pelo número 67 99252-2863.

O acidente

dona de casa perdeu a perna no momento em que tentava embarcar em um ônibus na Avenida Calógeras entre a Barão do Rio Branco e Dom Aquino, Centro de Campo Grande. O vídeo mostra o coletivo Bairro Rita Vieira estacionando. O motorista abre a porta e duas passageiras sobem. Logo após o último embarque, Maria chega e a porta é fechada.

Ela chega a acenar para o motorista com uma das mãos, mas o ônibus sai, momento em que a idosa sofre o acidente. Um carro sai de um estacionamento e por isso não é possível ver quando a roda traseira do ônibus passa por cima da perna de Maria.

Desde o dia do acidente a idosa está internada na Santa Casa, onde amputou a perna esquerda na altura da coxa. A dona de casa chegou a ficar em coma durante nove dias na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do hospital.

No dia do acidente, Kátia conta que a mãe estava no Centro e retornava para casa. “Ela teve a perna esmagada, foi atendida no local por uma equipe avançada do Samu. No hospital, o médico disse que tinha que amputar a perna”, lembra a respeito da mãe que perdeu muito sangue e foi levada para atendimento com pressão arterial de 4 por 6.