Vigias reclamam de férias acumuladas

A greve acontece no Detran de Campo Grande e a adesão ainda é pouca.Os vigilantes e seguranças do Detran (Departamento Estadual de Trânsito) começam a organizar uma greve na manhã desta sexta-feira (13). Os trabalhadores são terceirizados pelas empresas MG Segurança e Disp Luger e reclamam de atrasos no pagamento dos salários e do ticket alimentação, além de férias acumuladas.

Celso Gomes da Rocha, presidente do Seesvig (Sindicato dos Empregados de Empresas de Segurança), explica que os trabalhadores querem que o Detran pressione e fiscalize as empresas contratadas. “O que o sindicato quer é que o Detran cobre das empresas que elas paguem em dia o salário, ticket, férias, recolhimento de FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e INSS (Instituto Nacional do Seguro Social”.

O presidente do sindicato ressalta que além dos atrasos, as empresas não fornecem a ‘reciclagem’ dos trabalhadores. “Quando o funcionário se forma, a cada dois anos deve passar por um novo treinamento, mas o que acontece é que tem vigilante trabalhando armado e com a reciclagem vencida”, explica. Celso Gomes da Rocha afirma que a greve deve atingir cidades do interior, mas foi adiada porque os pagamentos foram feitos ontem.

Em Campo Grande, a mobilização marcada para acontecer no Detran, na saída para Rochedo, ainda é fraca. O presidente explica que os trabalhadores foram pressionados pela empresa a não participar e que a adesão ainda é pequena, mas deve aumentar nos próximos dias caso não haja negociação. “São de 150 a 200 vigilantes que trabalham no Detran, a greve começa partir de hoje e quanto tempo vai durar a ainda é indeterminado, será até que o Detran assuma o compromisso com os funcionários”. Segundo Celso, o movimento será pacífico e a estratégia dos próximos dias é de convencer a maioria dos vigilantes a aderir a causa. O Jornal Midiamax entrou em contato com as empresas terceirizadas e com o Detran, e aguarda posicionamento. 

Ações trabalhistas

Até o ano passado, uma das empresas terceirizadas envolvidas, a Disp Luger respondia por diversos processos judiciais de trabalhadores que atuam não só no Detran, como nos Correios. Levantamento divulgado em julho de 2017 no site do MPT-MS (Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso do Sul) mostrou que a empresa foi alvo de 21 procedimentos na Procuradoria do Trabalho.

(Foto: Seesvig)