Um proprietário rural de – cidade a 300 quilômetros de Campo Grande – foi multado pela PMA (Polícia Militar Ambiental) em R$ 10 mil por construir ‘decks’ nas margens do , sem autorização dos órgãos de proteção ambiental. A região da bacia do rio Formoso e rio da Prata é um dos principais pontos turísticos do Estado e do Brasil. Recentemente, sofreu com o turvamento das águas, que habitualmente são cristalinas, causadas pela exploração de atividades agrícolas na região.

Conforme a PMA, durante fiscalização em uma propriedade rural, localizada no município, a dez quilômetros da cidade, foi constatada a supressão de vegetação de matas ciliares do rio Formoso e desmatamento de uma área brejosa, que também é protegida por lei.

O proprietário – um homem de 60 anos –  realizou o desmatamento das áreas protegidas, que foi verificado por imagem de satélite e drone e que medido com GPS, perfez 0,32 hectare. No local foram construídos 250 m² para passarelas em deck à margem do rio Formoso, sem autorização ambiental. As atividades no local foram paralisadas.

De acordo com a PMA, foi confeccionado auto de infração administrativo e arbitrada multa total de R$ 10 mil. Ele também responderá por crime ambiental, que prevê pena de três a seis meses de detenção.

O autuado foi notificado a apresentar um Prada (Plano de Recuperação de Área Degradada e Alterada) junto ao órgão ambiental.

Proprietário rural que construiu passarela nas margens do rio Formoso é multado em R$ 10 mil
Proprietário rural foi multado em R$ 10 mil (Foto: Divulgação/PMA)

Preocupação

No último dia 10, a Câmara Municipal de Bonito realizou audiência pública para discutir a conservação dos rios da região. No mês passado, os rios Formoso (Bonito) e da Prata (Jardim) ficaram marrons de lama, causando preocupação em moradores, empresários do setor de turismo e turistas.

Com o uso de drones, a PMA (Polícia Militar Ambiental) identificou que a lama saiu de uma fazenda de soja, quando a enxurrada encheu uma represa de contenção da água de escoamento superficial. A represa não suportou a água, que carregou o barro para o rio. Alguns dias após o ocorrido, com as chuvas cessando, as águas voltaram a ficar cristalinas, mas, a preocupação continuou.