Com as contas do IMPCG (Instituto Municipal de Previdência de ) fechando no vermelho desde junho de 2016, a Prefeitura da Capital tem de tirar dinheiro do caixa mensalmente para cobrir o déficit nas aposentadorias. Em 2017 o rombo foi de R$ 132 milhões e, neste ano, já chegou a aproximadamente R$ 32 milhões até o mês de março.

Os dados foram apresentados pelo secretário municipal de Finanças, Pedro Pedrossian Neto, em audiência pública, nesta quarta-feira (2), na Câmara de Vereadores. “A Prefeitura tem que, ao final de cada mês, aportar recursos do tesouro para pagamento dos [servidores] inativos”, declarou.

Com o atual cenário, Pedrossian Neto questiona até quando será possível seguir nesta situação. “O ritmo de crescimento das aposentadorias é expressivo. A população envelheceu e os nossos servidores ativos não vão crescer no mesmo ritmo dos inativos. Chegará o momento em que essa bomba vai explodir”, disparou.

Como medida para contornar o problema, o secretário informou que a realização de concursos públicos auxilia na economia previdenciária e que pretende abrir novos certames para contratar mais servidores, que aumentariam o número de contribuintes para o IMPCG.

Ao apresentar a evolução com os valores gastos pelo Tesouro da Capital para cobrir o rombo previdenciário, o que foi necessário a partir de junho de 2016, Pedrossian disse que o déficit já ocorria em anos anteriores; no entanto, o Instituto de Previdência tinha em caixa mais de R$ 100 milhões, que foram sendo consumidos e que acabou ficando sem fundos em maio do mesmo ano.

“Não é brincadeira a questão da Previdência. O assunto é espinhoso, politicamente desgastante, difícil de fazer o enfrentamento porque suscita outras discussões, mas os números não mentem. Ficaram faltando R$ 132 milhões ao final de um ano”, discursou Pedrossian apontando para a necessidade de discussão da reforma previdenciária.