Pular para o conteúdo
Cotidiano

Minerworld: Bit Ofertas diz que ‘miners’ não são consumidores porque têm ‘objetivo de lucro fácil’

Além de desqualificar vítimas como consumidores, agravo pede que a decisão sobre bloqueio de R$ 300 milhões seja reconsiderada.
Arquivo -

A defesa da Bit Ofertas Informática Ltda, uma das empresas investigadas na ação que julga a Minerworld, minimizou que as vítimas da empresa sejam consideradas consumidores, conforme contestação apresentada pela empresa nesta terça-feira (6).

A contestação, que tem 24 páginas, faz parte de um agravo de instrumento impetrado na 4ª Câmara Cível que, além de desqualificar vítimas como consumidores, também pede que a decisão sobre bloqueio de R$ 300 milhões seja reconsiderada pelo TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) – a empresa afirma não mais ter ligação com a Minerworld.

No documento, a Bit Ofertas afirma que quem compra e vende criptomoedas está sujeito a perdas e que, devido a isso, não pode ser considerada uma vítima, caso as perdas financeiras se concretizem.

“Aquele que ingressa na rede de investidores com objetivo de lucro fácil em curto espaço de tempo – que, por certo, não é consumidor – contribui para que o evento perda se consume. Não pode ser equiparado a uma simples vítima ou a um consumidor hipossuficiente”, diz trecho da argumentação da defesa.

Empresas diferentes

Segundo alegou o promotor Luiz Eduardo Lemos de Almeida, a Bit Ofertas seria a plataforma pela qual a Minerworld, sua então proprietária, realizava a comercialização de moedas digitais, a saber, bitcoins. A empresa teve R$ 1,3 milhão bloqueados pela Justiça. No entanto, a defesa rechaça a alegação de que a Bit Ofertas Informática pertenceria à Minerworld.

Segundo os advogados, mesmo que fique comprovada a tese de haver relação de consumo entre quem compra e moeda digital e quem a vende, não haveria elementos mínimos que para que a empresa Bit ofertas seja incluída no rol de investigados, ao lado da Minerworld.

“Ainda que se admitisse a existência de relação de consumo no caso vertente, o que se admite apenas para argumentar, de igual modo o Réu não é parte legítima para figurar no polo passivo da ação. Com efeito, o Réu, conforme já explicitado acima, não é e nem nunca foi sócio de fato da empresa. Nela ingressou como investidor e, desde então, começou a indicar outras pessoas para o negócio”, diz a defesa ao pedir a reconsideração do bloqueio.

O bloqueio de até R$ 300 milhões foi determinado pelo juiz David de Oliveira Gomes Filho, da 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos de , em março passado. A defesa da Bit Ofertas é assinada pelos advogados Rodrigo Gonçalves Pimentel e Lucas Gomes Mochi.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

2,5 toneladas de maconha e armas são apreendidas em Campo Grande

Equipes brasileiras são premiadas em Olimpíada de Astronomia

Defensoria realiza encontro com mulheres do Campão Orgânico

Botafogo conquista Brasileirão sub-20 de futebol feminino

Notícias mais lidas agora

Em reunião fechada, presidência do PSD em MS decide apoio a Riedel nas eleições de 2026

Campo Grande vai recorrer de decisão que suspendeu aplicação de multas de trânsito

capela nossa senhora aparecida carlo acutis

Campo Grande terá Santuário de São Carlo Acutis e Nossa Senhora Aparecida, confirma Dom Dimas

Motociclista sofre graves ferimentos em acidente na Tamandaré

Últimas Notícias

Brasil

Lista de desconto em crédito para a agricultura familiar é ampliada

Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar

Polícia

Ossada humana é encontrada em área rural de Maracaju

A ossada foi recolhida e encaminhada ao médico legista

Brasil

Com mais de 2,4 mil emendas, LDO deve ser votada nesta semana

Proposta ainda deve passar por votação em sessão conjunta do Congresso

Trânsito

Caminhoneiro de MS morre em acidente no Paraná

le trabalhava com o transporte de massa de asfalto na região de Cascavel (PR)