Que os combustíveis estão bem caros neste ano todo mundo já sabe, mas moradores de Aquidauana e Anastácio, cidades distantes cerca de 140 quilômetros de Campo Grande, estão indignados com o que parece ter passado dos limites: o preço da gasolina está bem próximo dos R$ 5.

Em forma de protesto, várias pessoas da cidade estão abastecendo desde o último sábado (28) apenas R$ 0,50 e exigindo o cupom fiscal, um direito do consumidor que além de ter importância para a comprovação da venda para varejistas e clientes, também serve como base para a análise de pagamento de impostos e tributos de produto.

A emissão da nota segue uma onda de protestos que começou no Brasil em 2014, quando consumidores acreditavam que ao abastecer o valor de R$ 0,50 os motoristas gerariam prejuízo ao posto, já que os impostos pagos pelo empresário sobre a nota fiscal teoricamente não cobrem este custo.

Para pressionar ainda mais os proprietários, alguns consumidores ainda pagavam na época os R$ 0,50 com notas de R$ 100,00 e R$ 50,00.

Moradores abastecem R$ 0,50 em protesto por gasolina a R$ 4,50

No ano passado, um boato circulou pela internet afirmando que se os consumidores abastecessem R$ 0,50, o preço dos combustíveis iria diminuir.

Mas, na verdade, o que define o preço destes produtos, segundo a Petrobras, é formado pela seguinte proporção: 31% são os custos de operação da empresa para produzir o combustível, 10% são impostos da União (Cide, PIS/Cofins), 28% são impostos estaduais (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS), 15% é o custo do etanol adicionado à gasolina e 16% se refere à distribuição e revenda.

O Jornal Midiamax entrou em contato com dois proprietários de postos da região, mas nenhum deles se encontrava no local para se pronunciar sobre o protesto.